Lapso temporário

Por engano, Justiça Federal divulga delação com nome de deputado federal

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12 de fevereiro de 2015, 18h57

O juiz federal Sergio Fernando Moro abriu nesta quinta-feira (12/2) o conteúdo de depoimentos prestados nas delações premiadas de Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, principais personagens da operação “lava jato”. Entre mais de 60 documentos, um deles afirma que um deputado federal do PP chamado Luis Fernando integrou um esquema de fraudes na Petrobras.

Youssef disse que uma empresa integrou obras de terraplenagem da refinaria Premium I, no Maranhão, "devido a uma ingerência pessoal do deputado federal Luis Fernando, do Partido Progressista", junto ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Segundo o doleiro, ele ficou sabendo da informação pelo próprio Costa.

O depoimento não dá mais detalhes sobre o parlamentar. Nas últimas três legislaturas, apenas um membro da Câmara dos Deputados com esse nome é filiado ao PP: o deputado federal Luiz Fernando Faria (MG), que ocupa a cadeira desde 2007. A revista Consultor Jurídico não conseguiu contato com o gabinete do deputado até a publicação desta notícia.

Horas depois da divulgação, Moro escreveu que, “por lapso, foi disponibilizado, entre os depoimentos enviados a este juízo como sendo de sua competência, um no qual há referência a um parlamentar federal”. Como deputados têm prerrogativa de foro, o juiz pediu que a secretaria da 13ª Vara Federal de Curitiba classificasse o documento como sigiloso, corrigindo o erro.

Clique aqui para ler a íntegra do depoimento.

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