Desvios em estatais

PF prende ex-deputados André Vargas, Luiz Argôlo e Pedro Corrêa na "lava jato"

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10 de abril de 2015, 10h52

A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (10/4) os ex-deputados federais André Vargas (ex-PT-PR, atualmente sem partido), Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE).

As detenções são parte da 11ª fase da operação “lava jato”, que investiga esquemas de corrupção na Petrobras. Nessa etapa, cerca de 80 policiais federais cumprem sete mandados judiciais de prisão, nove de condução coercitiva e 16 de busca e apreensão nos estados do Paraná, da Bahia, do Ceará, de Pernambuco, do Rio de Janeiro, de São Paulo e no Distrito Federal.

A nova fase, intitulada “a origem”, investiga o Ministério da Saúde e a Caixa Econômica Federal, e tem como base inquéritos que tramitavam no Supremo Tribunal Federal sobre crimes atribuídos a três grupos de ex-agentes políticos.

A Folha de S.Paulo relata que, para o juiz federal Sérgio Moro, existem indícios de que uma agência de publicidade responsável pelas contas de entidades estatais, como a Caixa, pedisse às subcontratadas que fizessem pagamentos de grandes valores a empresas dos irmãos Vargas, o que poderia caracterizar crime de corrupção.

Além disso, Moro afirmou haver razoável prova de que o ex-deputado petista e Argôlo promoveram intervenções junto ao Ministério da Saúde para facilitar nos negócios do laboratório Labogen. Além deles, também foram presos Leon Vargas, irmão de André Vargas, Ivan Vernon da Silva Torres, Elia Santos da Hora, secretária de Argôlo, e Ricardo Hoffmann, diretor de uma agência de publicidade. Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.

Histórico
André Vargas foi cassado em dezembro pela Câmara dos Deputados. Os parlamentares decidiram condená-lo por envolvimento em negócios com o doleiro Alberto Youssef, também preso pela PF na “lava jato” por participação em um esquema de lavagem de dinheiro.

Argôlo teve destino semelhante ao ser cassado em outubro pelo Conselho de Ética da Câmara, com base nas acusações de participar de negócios ilegais com Alberto Youssef.

Já Corrêa, que foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Ação Penal 470, o processo do mensalão, é acusado de ter recebido R$ 5,3 milhões no esquema de desvios na Petrobras para financiar sua campanha eleitoral de 2010. Com informações da Agência Brasil.

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