Henrique Pizzolato não será extraditado, decide Justiça da Itália
28 de outubro de 2014, 14h48
A Corte de Apelação de Bolonha negou, nesta terça-feira (28/10), o pedido do governo brasileiro para que fosse extraditado o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Três juízes avaliaram que ele não pode ser “devolvido” ao país. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, as razões podem ser a situação das prisões no Brasil, a sua condição de saúde e o fato de ter cidadania italiana. A corte italiana tem 15 dias para divulgar os motivos, segundo a agência de notícia italiana Ansa.
A defesa de Pizzolato dizia que o Brasil não tinha condições de recebê-lo, citando a situação do presídio maranhense de Pedrinhas, que sediou uma série de mortes e ganhou repercussão internacional. O ex-diretor de marketing do BB também alegava que a condenação no Supremo Tribunal Federal foi dada ignorando provas e sem conceder o direito ao duplo grau de jurisdição.
O Ministério Público italiano deve recorrer para a Corte de Cassação de Roma, a mais alta instância da Justiça italiana, conforme a Folha de S.Paulo. Tratado firmado pelos dois países em 1989 diz que a decisão final sobre o destino de presos cabe ao Executivo. Caso a decisão seja mantida, o governo brasileiro ainda planeja pedir que Pizzolato cumpra a pena na Itália.
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