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Reeleita, Dilma Rousseff diz que reforma política será prioridade

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27 de outubro de 2014, 15h03

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Dilma Rousseff [Reprodução]A presidente reeleita Dilma Rousseff (foto) falou em união e reformas em seu primeiro discurso após o resultado das urnas. Segundo a presidente, a primeira reforma que ela buscará será a política. Dilma disse que vai procurar o Congresso Nacional para conversar, assim como movimentos da sociedade civil. Ela voltou a insistir na necessidade de um plebiscito para "dar força e legitimar" a reforma.

"Entre as reformas, a primeira e mais importante deve ser a reforma política. Deflagrar essa reforma, que é de responsabilidade do Congresso, deve mobilizar a sociedade por meio de um plebiscito, de uma consulta popular. Somente com um plebiscito nós vamos encontrar a força e a legitimidade para levar adiante este tema. Quero discutir isso com o novo Congresso eleito. Quero discutir igualmente com os movimentos sociais e as forças da sociedade civil."

Em seguida, Dilma voltou a prometer empenho no combate à corrupção. “Terei um compromisso rigoroso com o combate à corrupção, fortalecendo os mecanismos de controle e propondo mudanças na legislação para acabar com a impunidade, que é a protetora da corrupção”, disse.

Na área econômica, a presidente disse que vai promover “com urgência” ações localizadas na economia para a recuperação do ritmo de crescimento com a manutenção de empregos e da renda dos trabalhadores.

O combate à inflação também será uma prioridade, segundo ela. “Vou estimular, o mais rápido possível, o diálogo e a parceria com todos os setores produtivos do país”, disse. Por fim, Dilma disse que hoje está “muito mais forte, mais serena e mais madura” para exercer a presidência.

OAB
Marcus Vinicius Furtado Coêlho [OAB]Modelo desgastado
Para o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, (foto) é preciso fazer uma reforma política ampla. Ele aponta que apesar de extremamente disputada, a eleição ficará marcada pelo alto índice de votos brancos/nulos (6,34%) e de abstenção (21,10%). Somados, 37 milhões de eleitores, ou 27,44%, optaram por não escolher nenhum dos dois candidatos.

“Trata-se de um contingente muito grande de cidadãos que não se sentem acolhidos pelo modelo político atual, em que a representação está cada vez mais distanciada do cidadão comum”, afirmou Marcus Vinicius.

O presidente ressaltou ainda que somente com a reforma política estruturante, pondo fim ao investimento empresarial em candidatos e partidos, será possível devolver à população a crença nas causas republicanas. “A política há de ser o lar dos idealistas, daqueles que lutam por um país justo, pela causa pública, onde o interesse coletivo esteja acima de qualquer questão pessoal”, destacou Marcus Vinicius.

Além da reforma política, Marcus Vinicius destacou que os presidenciáveis receberam outras duas propostas da entidade: a Carta do Contribuinte Brasileiro, que exige maior justiça fiscal, apontando meios para que ela seja efetiva; e o Plano de Combate a Corrupção, com 17 pontos que, uma vez implementados, devem melhorar o uso do dinheiro público e reduzir os desvios da coisa pública. Com informações da Agência Brasil e Assessoria de Imprensa da OAB.

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