Cardápio cheio

Eventos simultâneos de conferência de advogados exigem planejamento

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22 de outubro de 2014, 10h27

O andar acelerado de boa parte dos participantes da XXII Conferência Nacional dos Advogados, que está sendo promovida  no Rio de Janeiro pela Ordem dos Advogados do Brasil, tem uma justificativa. Na programação do evento, que vai até quinta-feira (23/10), constam 38 mesas de debates sobre assuntos importantes ao exercício da advocacia. Mas para desespero dos conferencistas, as discussões ocorrem simultaneamente nos oito auditórios do Pavilhão 4, no Riocentro, onde acontece o evento.

Giselle Souza
“Escolhemos previamente as palestras que vamos assistir. Infelizmente tivemos que optar. Mas confesso que estava louca para saber o que estava se passando no painel ao lado da gente”, afirmou a advogada Andréa Alves (foto, ao centro), que foi à conferência acompanhada das colegas de profissão Elaine Griese e Helena Alves.

Migrar de painel em painel, entretanto, não é uma tarefa simples. É que os auditórios não têm paredes, sendo separados apenas por faixas e, para acompanhar os debates, os participantes precisam de um rádio transmissor e fones de ouvido. A tecnologia está sendo usada pela primeira vez no Rio de Janeiro neste evento, organizado pela agência SRCom. Ao todo, são 5,7 mil aparelhos utilizados simultaneamente.

O aparelho é distribuído nas entradas dos auditórios, mas com a quantidade de inscritos, as filas são inevitáveis. 

Ouvir um debate pelo fone é comum para quem já participou de eventos com tradução simultânea. A falta de parede entre os palcos montados no Riocentro, no entanto, faz com que as palmas batidas para o palestrante ao lado, por exemplo, causem alguma confusão em quem assiste a outra fala. Mais desatentos até ensaiam uma ou duas palmas antes de notar que a ovação não era para o seu palestrante. 

Marcos de Vasconcellos

Formigueiro
Além dos debates jurídicos, se destaca também a área dos expositores, que conta com programação própria. Ali estão as principais editoras de livros jurídicos, que aproveitam o espaço para promover sessões de autógrafos com seus autores.

O vaivém no setor é intenso, não apenas por causa das ações promocionais. No estande do Conselho Federal da OAB, por exemplo, os advogados podem também se inscrever para cursos à distância. As empresas de certificação digital oferecem palestras sobre diversos assuntos ligados à informatização.

Nos estandes das seccionais de quase todo o país, assim como das caixas de assistência, são oferecidos serviços que vão da recarga de bateria de celular à testes de glicemia, colesterol, hepatite C e diabetes. É possível também fazer uma sessão de massagem, engraxar os sapatos ou ainda fazer uma caricatura.

Isso, claro, além da distribuição de brindes, que vão de livros a comidas típicas — como o acarajé servido no estande da seccional baiana da OAB — passando por chope (seis estandes têm chopeiras) e drinks feitos na hora, com muito malabarismo. 

A Conferência Nacional da Advocacia é o maior evento da OAB. Com cerca de 16 mil inscritos, a 22ª edição do evento reúne, desde segunda-feira (20/10), quase 2% dos 850 mil advogados atualmente em atividade no país.

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