Em entrevista, Thomaz Bastos falou da reestruturação da PF e do Innovare
29 de novembro de 2014, 14h15
Mas essa não foi a única contribuição do advogado, que é considerado um dos principais nomes da advocacia criminal do país. Ele foi um dos idealizadores do Prêmio Innovare. A iniciativa, cuja 11ª edição será entregue no próximo dia 16 de dezembro, na sede do Supremo Tribunal Federal, tem como objetivo identificar e disseminar as boas práticas do Poder Judiciário.
Centenas de projetos positivos ao Judiciário já foram revelados pelo Innovare. “É um prêmio muito importante, porque visa identificar juízes e promotores criativos, advogados que buscam soluções para os problemas da Justiça, tribunais que têm boas práticas. E os premia. É um grande incentivo para termos uma Justiça rápida e eficaz com a qual todos nós que sonhamos”, afirmou na entrevista.
Ao programa, o ministro também declarou seu amor pela profissão. Ele iniciou sua atuação em tribunais do Júri em 1957. Apesar do tempo, nunca deixou de sentir o frio na barriga antes de cada julgamento. “No júri nunca sabe-se o que vai acontecer. É uma emoção como da primeira vez. E é bom ficar ‘em estado de júri’, ficar bem tenso para chegar e lá e fazer o trabalho”.
A morte de Thomaz Bastos foi uma grande perda, lamentada pelas principais personalidades do país. A presidente Dilma Rousseff chegou a publicar nota destacando que perdeu um amigo e de um defensor intransigente do direito de defesa. “Ele foi responsável por avanços institucionais, como a reestruturação que ampliou autonomia à Polícia Federal, a aprovação da emenda constitucional da reforma do Poder Judiciário e o Estatuto do Desarmamento. Quem teve o privilégio de conviver com ele, como eu tive, conheceu também um amigo espirituoso, de caráter e lealdade ímpares”, destacou na ocasião.
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