"Doa a quem doer"

Operação lava jato aumenta número de mandados de prisão para 49

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15 de novembro de 2014, 14h33

O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo disse, neste sábado (15/11), que as investigações da Polícia Federal da operação lava jato não farão distinção entre políticos da oposição e do governo envolvidos na investigação de corrupção Petrobras. Segundo ele, o inquérito ocorrerá “doa a quem doer”. As declarações foram dadas em entrevista coletiva na sede da presidência da República em São Paulo. Cardozo salientou, ainda, que apesar do escândalo de corrupção que envolve a empresa, "a Petrobras não pode parar”. 

Durante a entrevista, o ministro atualizou as informações sobre a operação da PF. Segundo ele, 49 mandados de busca e apreensão, determinados pela Justiça, foram executados sem nenhum incidente. Das nove conduções coercitivas determinadas pela Justiça, seis foram cumpridas e outras três estão pendentes.

O balanço apresentando informa, ainda, que dos seis mandados de prisão preventiva, quatro foram cumpridos e, dos 19 mandados de prisão temporária, 15 foram executados, ou seja, 19 pessoas ao todo foram presas durante até agora. “Os que ainda não foram localizados para a execução dos mandados de prisão são foragidos”, disse o ministro. Durante a operação foram bloqueados R$ 720 milhões, proporcional ao valor dos contratos firmados pelas empresas. “Salvo situação de excepcionalidade em três empresas em que, por suas características, tudo foi bloqueado”.

Cardozo afirmou também que já encaminhou os novos dados à presidente Dilma Rousseff, que está na Austrália. Segundo ele, Dilma pediu à PF que” prossiga com firmeza na apuração das irregularidades e que proceda com lisura e imparcialidade nas investigações e zele para que tudo seja esclarecido”,

Ele ressaltou que conversará com a presidenta da Petrobras, Graça Foster, para que "se tenha clareza" sobre a forma como o governo atuará com relação aos contratos firmados entre a Petrobras e as demais empresas envolvidas na investigação de corrupção. Cardozo disse que os contratos sob suspeita “serão analisados caso a caso para ver que medidas serão tomadas”. Segundo o ministro “tudo será analisado cuidadosamente”, disse. Com informações da Agência Brasil. 

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