Balanço anual

São Paulo teve 83 políticos cassados em 2013, aponta PRE

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31 de março de 2014, 19h45

Ao menos 83 políticos paulistas tiveram seus mandatos cassados em 2013, aponta levantamento da Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo divulgado nesta segunda-feira (31/3). A Justiça Eleitoral aplicou sanções em recursos contra a expedição de diploma, em ações de investigação judicial eleitoral e em ações de impugnação de mandato eletivo. Em 21 casos com atuação da PRE-SP, o diploma deixou de ser expedido ou o registro de candidatura foi impugnado àqueles que não se encaixam na Lei da Ficha Limpa.

Irregularidades também fizeram com que partidos perdessem 135 minutos de propaganda partidária na televisão e 25 minutos no rádio por “propaganda desvirtuada”, para fins de promoção pessoal de pré-candidatos, segundo o relatório anual da procuradoria. O documento aponta o PT como a sigla que teve mais tempo retirado pelo Tribunal Regional Eleitoral no ano passado: 90 minutos na TV e 20 minutos no rádio, por aparições do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.

PMDB e PSB perderam 20 minutos na televisão, enquanto o PSDB ficou sem 10 minutos (TV e rádio) pelas falas do governador Geraldo Alckmin. Já o PR foi punido com cinco minutos a menos na televisão por promover o deputado federal Tiririca. Em todos os casos, cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A PRE-SP atuou em 6.562 processos no ano passado, a maioria ligada às eleições de 2012. Nas decisões de mérito, o TRE-SP foi favorável à procuradoria em 980 casos, o que corresponde a 68% do total. O relatório destaca que o tribunal acolheu tese inédita sobre o cumprimento da cota de 10% do tempo de propaganda partidária para promover e difundir a participação feminina na política: não basta a mera aparição de mulheres, mas a divulgação efetiva sobre o envolvimento delas em questões políticas. De sete partidos representados por suas propagandas na televisão, quatro foram responsabilizados pelo TRE-SP (PSC, PSB, PSDB e PP).

Clique aqui para ler a íntegra do relatório.

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