Menos 125 dias

Condenado por morte de irmã Dorothy tem pena reduzida

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21 de fevereiro de 2014, 16h28

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O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, condenado a 30 anos de prisão por mandar matar a missionária Dorothy Stang (foto) em 2005, conseguiu encurtar a pena em 125 dias por trabalhos realizados na prisão. A remição foi concedida na última segunda-feira (17/2) pela 1ª Vara de Execuções Penais de Belém, com base nos 376 dias de trabalho entre julho de 2012 e outubro de 2013, em período não contínuo.

Vitalmiro Moura, conhecido como Bida, é o único dos cinco envolvidos no caso que está em unidade prisional. Ele foi julgado quatro vezes pelo mesmo crime, após a defesa apontar irregularidades nas sessões anteriores. Em setembro de 2013, o Tribunal do Júri o considerou um dos responsáveis pelo assassinato da missionária norte-americana naturalizada brasileira, que completou nove anos no último dia 12 de fevereiro. O motivo seria disputa por terras, já que Dorothy liderava um projeto de agricultura familiar em Anapu (PA).

O fazendeiro está preso no Centro de Progressão Penitenciário de Belém e ainda aguarda autorização para ser transferido a Altamira, município vizinho a Anapu, para ficar próximo da família. Ele trabalhou a maior parte do tempo no setor de produção de uma casa penal e não cometeu nenhuma falta grave no período, segundo a decisão.

Regivaldo Galvão, também condenado como mandante, está solto desde 2012 ao conseguir Habeas Corpus. Rayfran das Neves Sales, condenado por ser autor dos disparos contra Dorothy, cumpre prisão domiciliar. Clodoaldo Carlos, apontado como coautor, é considerado foragido, porque fugiu do albergue onde cumpria pena em regime aberto. Amair Feijoli, acusado de intermediar os mandantes e os executores, também está em prisão domiliciar.

Clique aqui para ler a decisão.

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