De castigo

Veja a lista das 23 empresas proibidas de fazer contratos com a Petrobras

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30 de dezembro de 2014, 9h59

Em meio à série de denúncias nascidas na operação “lava jato”, a Petrobras decidiu impedir que 23 empresas sejam contratadas e participem de novas licitações da companhia. No grupo de bloqueadas aparecem grandes empreiteiras, como Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Galvão Engenharia, Mendes Junior, Odebrecht e Queiroz Galvão.

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Todas foram apontadas como participantes de um cartel em depoimentos prestados à Justiça Federal no Paraná. A citação foi feita nas falas do ex-diretor de abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa (foto), do doleiro Alberto Youssef e dos empresários Julio Gerin de Almeida Camargo (Grupo Toyo) e Augusto Ribeiro de Mendonça Neto (Grupo Setal). Dirigentes de algumas das empresas apontadas já viraram réus em ações penais.

A decisão foi tomada pela Diretoria Executiva em reunião promovida na última segunda-feira (29/12). Em comunicado aos investidores, a Petrobras diz que a adoção de medidas cautelares “tem por finalidade resguardar a companhia e suas parceiras de danos de difícil reparação financeira e de prejuízos à sua imagem”. Afirma ainda que “respeitará o direito ao contraditório e à ampla defesa” e que tem “compromisso pela ética e transparência nos seus negócios”.

A medida atinge as seguintes empresas:

1) Alusa
2) Andrade Gutierrez
3) Camargo Corrêa
4) Carioca Engenharia
5) Construcap
6) Egesa
7) Engevix
8) Fidens
9) Galvão Engenharia
10) GDK
11) IESA
12) Jaraguá Equipamentos
13) Mendes Junior
14) MPE
15) OAS
16) Odebrecht
17) Promon
18) Queiroz Galvão
19) Setal
20) Skanska
21) TECHINT
22) Tomé Engenharia
23) UTC

Fio da meada
A chamada operação “lava jato” foi deflagrada em março de 2014, focada a princípio em suposto esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que seria comandado por Alberto Youssef em Londrina (PR). A Polícia Federal apontou relação entre o doleiro e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, fazendo com que negócios na estatal virassem o centro da história.

Costa disse em depoimento que empresas fraudavam contratos e repassavam dinheiro para partidos. A afirmação levou a uma nova fase da operação, que prendeu representantes de empreiteiras em novembro. As ações decorrentes da operação — envolvendo réus sem prerrogativa de foro — são conduzidas pelo juiz Sergio Fernando Moro.

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