"Lava jato"

Ex-gerente da Petrobras ratifica que Graça Foster sabia de corrupção

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19 de dezembro de 2014, 15h59

Nesta sexta-feira (19/12), a ex-gerente da Petrobras Venina Velosa da Fonseca prestou depoimento de cerca de 5 horas ao Ministério Público Federal em Curitiba. Segundo seu advogado, Ubiratan Mattos, Venina levou "vários documentos" que comprovam que ela tentou informar à Petrobras os problemas de corrupção que existiam na estatal, mas foi ignorada.

Venina foi ao MPF ratificar depoimentos que deu à imprensa, afirmando que desde 2008 a atual presidente da Petrobras, Graça Foster, foi alertada sobre os problemas da empresa, hoje alvo da operação "lava jato". Venina afirma que ela e Graça trabalharam sob o comando de Paulo Roberto Costa e já haviam conversado sobre esquemas de desvio de dinheiro na estatal.

No aeroporto de Curitiba, o advogado Ubiratan Mattos afirmou à revista eletrônica Consultor Jurídico que a Petrobras está tentando "desconstruir a imagem" de sua cliente, dizendo que ela foi procurar a imprensa em vez de informar os problemas para a companhia. "Ela tentou comunicar a estatal várias vezes, pelos canais internos, mas ninguém foi atrás", rebate.

Em nota, a Petrobras afirma que a presidente Maria das Graças Silva Foster não foi informada sobre as irregularidades por Venina "antes do dia 20 de novembro de 2014".

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