Nova diretoria

Novo presidente da Aasp, Leonardo Sica quer eliminar restrição a Habeas Corpus

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17 de dezembro de 2014, 15h50

O advogado Leonardo Sica é o novo presidente da Associação dos Advogados de São Paulo (Aasp). Ele foi eleito pelo conselho diretor nesta quarta-feira (17/12). O vice-presidente da entidade será Luiz Périssé Duarte Junior. Os diretores eleitos assumem suas funções no dia 1º de janeiro e permanecem no cargo até o final de 2016. A AASP conta atualmente com mais de 93 mil associados.

Também foram eleitos para a nova diretoria Fernando Brandão Whitaker (l° secretário), Renato José Cury (2º secretário), Marcelo Vieira von Adamek (1º tesoureiro), Mário Luiz Oliveira da Costa (2° Tesoureiro), Viviane Girardi (diretora cultural) e Ricardo de Carvalho Aprigliano (assessor da diretoria). 

A chapa recebeu 17 votos. Ao todo, votam 21 conselheiros, mas como na eleição quatro estavam ausentes, o grupo foi eleito à unanimidade. 

O presidente eleito Leonardo Sica é formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Advogado criminalista, doutor e mestre em Direito Penal, também pela USP. Na Aasp, Sica já ocupou os cargos de diretor cultural (2009/2010), 1º secretário (2011/2012) e vice-presidente (2013/2014). 

Atuação
No comando da associação, Sica prevê atuar em três frentes principais: processo eletrônico, defesa do Habeas Corpus e atuação dos advogados de defesa nos processos penais.

Em relação ao HC, o criminalista afirmou que os tribunais superiores estão restringindo cada vez mais o recurso e que isso atinge o direito de defesa do acusado. “Faremos uma campanha para recuperar os HCs e eliminar a restrição nos tribunais superiores, em nome do direito de defesa”, disse.

Reprodução
Sica (foto) afirma ainda que muitos advogados criminalistas têm recebido tratamento de criminosos nas recentes operações da Polícia Federal. Segundo ele, muitas pessoas estão sendo condenadas com base em interceptações telefônicas feitas entre advogado e cliente e isso não pode ser permitido.

“Ainda que as investigações tenham o objetivo válido de combater a corrupção, os advogados não podem continuar sofrendo fortes violações e serem confundidos com criminosos. O objetivo, ainda que válido, tem limites do estado de direito”, defende.

O novo presidente também encara o processo eletrônico como uma realidade e que ficará cada vez mais consolidada.

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