Novas ideias

Leia o discurso de posse da ministra Nancy Andrighi na Corregedoria do CNJ

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29 de agosto de 2014, 21h49

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A ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, ficará afastada da corte por dois anos. Acaba de assumir a corregedoria nacional de Justiça, na terça-feira (26/8), sucedendo seu colega de tribunal e hoje presidente do STJ, ministro Francisco Falcão.

E ela já está cheia de ideias. Em seu discurso de posse, lido logo depois de assinar o livro e assumir oficialmente o cargo, ela falou de algumas delas. A que mais chamou a atenção dos presentes ao evento foi a de chamar magistrados aposentados para auxiliar, “de alguma forma”, no trabalho da organização do Poder Judiciário, uma das funções primordiais da Corregedoria. “Não podemos continuar com esse desperdício de força de trabalho nos sempre deficitários quadros da magistratura”, discursou.

Outra das ideias — muito bem recebidas — é a de estimular o uso da conciliação como forma de resolver processos administrativos, principalmente em pedidos de providências. Aliado a isso, Nancy pretende criar um Centro de Instrução dos Procedimentos Disciplinares, que ajudará os relatores de procedimentos disciplinares. “São medidas de real importância quando se verifica que o próprio CNJ também está assoberbado com o significativo número de procedimentos em andamento”, escreveu a ministra.

Nancy Andrighi pretende levar para o CNJ o que já faz em seu gabinete: audiências por Skype, um software de videoconfência. Com isso, ela gasta menos tempo com as conversas com advogados e partes, já que elas passam a ser mais objetivas, e torna desnecessária a viagem até Brasília. O Centro de Instrução de Processos Disciplinares usará primordialmente a videoconferência para audiências e será presidido por um desembargador.

Em seu discurso, a ministra também procurou passar a mensagem de que trabalhará ao lado dos magistrados e visando agilizar a prestação jurisdicional. Afirmou que o primeiro grau é a meta de todo o trabalho da Corregedoria Nacional.

“Assumo a missão de corregedora nacional de Justiça com humildade e com um imenso sentimento de responsabilidade, e por isso conclamo os colegas e todos os servidores da Justiça brasileira, especialmente os servidores do CNJ, a trilharem comigo esta jornada, rogado a cada um: ajuda e diálogo assertivo contínuo, porque sem vocês pouco ou nada poderei fazer por todos e pela melhoria dos serviços judiciais e extrajudiciais”, discursou a ministra.

Clique aqui para ler o discurso.  

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