Pena máxima

Justiça comuta pena de morte de nazista de 97 anos

Autor

29 de março de 2013, 9h39

A Justiça eslovaca comutou, nesta quinta-feira (28/3), a sentença de pena de morte por prisão perpétua a um agente nazista condenado por tribunal popular checo em Kosice após a Segunda Guerra Mundial. Isso porque, como não há mais pena de morte na Eslováquia, a Justiça do país resolveu lhe aplicar a máxima pena possível, justamente a de prisão perpétua. As informações são da Exame.com.

O réu passou várias décadas foragido da Justiça, até que decidiu voltar à Hungria, onde, ao ser detido, declarou que tinha documentos capazes de provar sua inocência.

Em 1944, o condenado era o chefe do pelotão policial encarregado de custodiar o gueto judeu de Kosice e, por isso, foi acusado por maus-tratos, assim como pelo envio de milhares de judeus aos campos de extermínio nazista de Auschwitz, na Polônia.

Após 65 anos da primeira sentença, ditada no dia 8 de junho de 1948, o Tribunal Regional de Kosice "revisou o falha judicial original".

O condenado, hoje com 97 anos, se encontra em regime de prisão domiciliar em Budapeste, onde foi detido no último ano, após ser descoberto pelo Centro Simon Wiesenthal.

Pouco depois de sua detenção, o Ministério da Justiça da Eslováquia indicou que ia pedir à magistratura de Kosice revisar sua sentença, como acabou de ocorrer, para depois solicitar sua extradição.

Além desta sentença, a Justiça eslovaca abriu uma nova diligência contra o condenado, depois que o filho de uma das vítimas que foi deportada em janeiro de 1945 interpôs uma nova denúncia.

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!