Suicídio assistido

Irlanda nega direito à eutanásia a mulher com esclerose

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2 de maio de 2013, 19h02

A Suprema Corte da Irlanda negou, na última segunda-feira (29/4), a uma mulher com esclerose múltipla em estágio avançado o direito à eutanásia, alegando que a lei no país não permite o suicídio assistido. As informações são da BBC Brasil.

A juíza da Suprema Corte Susan Denham alegou que as leis da União Europeia permitem aos países-membros estabelecer suas próprias diretrizes quando à eutanásia e que a constituição irlandesa não prevê “um direito explícito ao suicídio ou a determinar o momento da morte da própria pessoa”.

Marie Fleming, de 59 anos, já tinha perdido o caso em um tribunal da capital da Irlanda, Dublin, em janeiro, mas decidiu apresentar um recurso à mais alta corte do país. Ela não consegue se movimentar do pescoço para baixo e, em um depoimento à Justiça, disse que temia morrer engasgada, já que ela já não consegue engolir.

Seus advogados argumentaram que, já que a lei irlandesa não proíbe o suicídio, não autorizar o suicídio assistido de pessoas que não podem fazê-lo sozinhas seria uma discriminação. Além disso, eles sustentaram que a Convenção Europeia de Direitos Humanos garante a todas as pessoas o direito à autonomia pessoal.

Ex-professora universitária, Marie Fleming recebe cuidados de seu marido, Tom Curran, e seus dois filhos adultos. Caso seu marido a ajude a encerrar a própria vida, ele pode vir a ser preso por até 14 anos.

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