Dossiê político

MPF denuncia cinco por quebra de sigilo fiscal

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19 de julho de 2013, 19h26

O Ministério Público Federal denunciou nesta semana cinco pessoas pela quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao ex-governador de São Paulo José Serra. A acusação diz respeito à elaboração de dossiês durante a campanha presidencial de 2010, quando Serra enfrentou a hoje presidente Dilma Rousseff. 

Foram denunciados o jornalista Amaury Ribeiro Jr., acusado de ser o mandante, os despachantes Dirceu Rodrigues Garcia e Antonio Carlos Atella, o office-boy Ademir Cabral e a então funcionária do Serviço de Processamento de Dados do governo federal (Serpro), Adeildda dos Santos, que estava cedida à Receita Federal. A denúncia foi oferecida à 12ª Vara Federal Criminal de Brasília e, por envolver informações relativas a sigilo fiscal, corre sob segredo de Justiça.

A acusação é que Amaury Ribeiro contratou os dois despachantes para elaborar um dossiê com informações sigilosas de pessoas ligadas à campanha de Serra à Presidência da República. O MP afirma que Dirceu Garcia fazia contato com o office-boy Ademir Cabral, que acionava o outro despachante, Antonio Carlos Atella.

Entre os alvos do dossiê está Eduardo Jorge, ministro da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Fernando Henrique Cardoso. A denúncia afirma que dados da declaração de Imposto de Renda de Eduardo Jorge, entre outras pessoas ligadas ao PSDB.

O advogado de Amaury Ribeiro, Adriano Bretas, disse que ainda não foi citado no caso e portanto não teve acesso à denúncia. Mas nega qualquer envolvimento com o caso. À época em que o dossiê foi revelado pela imprensa, Ribeiro defendia que a responsabilidade pelo caso era o presidente do PT, Rui Falcão, que também sempre negou qualquer envolvimento no episódio.

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