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Aprovação de 25% no Exame de Ordem surpreende

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10 de julho de 2013, 16h00

A proporção de aprovados na segunda fase do Exame de Ordem aumentou do ano passado para cá. A coordenação da prova admite ter se surpreendido positivamente com o resultado, mas também reconhece que ele não representa ganho significativo em relação aos outros anos. De acordo com os resultados preliminares divulgados pela Fundação Getúlio Vargas, responsável pela elaboração, aplicação e correção da prova, dos 124,8 mil candidatos inscritos na última edição do Exame, 31,9 mil foram aprovados. Uma proporção de 25%.

Na edição anterior, o IX Exame de Ordem Unificado, percentual de aprovados foi menor, o número de inscritos também. Foram 114,7 mil candidatos, dos quais 11,8 mil passaram da segunda fase. Pouco mais de 10%. Os números de ambas as edições são dos resultados preliminares, antes de os candidatos insatisfeitos com os resultados impetrarem recursos para que as provas sejam revistas (os recursos contra o X Exame podem ser enviados até as 12h do dia 13 de julho).

Considerando os resultados unificados, que é o número de aprovados depois que todos os recursos são apreciados, 16% dos candidatos que participaram do IX Exame Unificado foram aprovados. A previsão do Conselho Federal da OAB para o X Exame para depois da análise dos recursos é que 26% dos candidatos sejam aprovados.

Para o advogado Leonardo Avelino, presidente da comissão nacional do Exame de Ordem do Conselho Federal da OAB, o resultado “foi totalmente atípico e inesperado”, mas não chegou a empolgar. “Não é uma superaprovação: de cada quatro candidatos, um passou. Não está nem fora da média histórica do Exame Unificado”, afirmou.

Avelino lembra que o VIII Exame, que aconteceu no segundo semestre de 2012, teve média de aprovação de 22%. “Apesar de o décimo exame ter tido um resultado inesperado, não chegou a nos surpreender. Não foi uma proporção muito mais alta que o normal”, resumiu.

Uma interpretação dos resultados dos exames seria a de que os candidatos estão mais preparados. Outra é a de que a prova ficou mais fácil. Mas, para Avelino, nem um, nem outro. “Nem a prova mudou nem o ensino jurídico melhorou. Estamos fazendo o possível, indo a faculdades praticamente toda semana, mas o volume de cursos de Direito é muito grande.”

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