Obras da Copa

Governo do Rio decide não demolir Museu do Índio

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28 de janeiro de 2013, 17h00

Wikimedia Commons
O governo do Rio de Janeiro decidiu preservar o prédio do antigo Museu do Índio, no entorno do estádio do Maracanã. Após manifestações contrárias à demolição do local por conta das reformas do estádio para a Copa de 2014, o governo fluminense analisou estudos de dispersão de público e concluiu que é possível manter o prédio no local.

Desde 2006, o espaço é ocupado por famílias indígenas. No último dia 11 de janeiro, o local foi cercado por policiais militares à espera de ordem judicial para a desocupação. A ordem não chegou para ser executada e não houve confronto, mas os índios chegaram a se posicionar com arcos e flechas.

O Ministério Público Federal chegou a entrar com ação para impedir que o prédio fosse demolido. No último sábado (26/1), o Tribunal de Justiça do Rio deferiu um pedido de liminar para que o espaço fosse preservado e as famílias não fossem despejadas.

Apesar de decidir não demolir o museu, o governo do Rio ainda pretende remover os indígenas do local. No ano passado, o estado comprou o espaço da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), junto com outros prédios, por R$ 60 milhões. O Ministério da Agricultura já está desocupando os outros imóveis, que serão demolidos para garantir o fluxo de pessoas no entorno do estádio.

O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes prometem agora tombar o imóvel. O restauro do Museu do Índio ficará sob responsabilidade do concessionário vencedor da licitação do Complexo do Maracanã, cujo edital sairá em fevereiro. O destino do prédio, após o tombamento, ainda será discutido entre o governo e a prefeitura do Rio de Janeiro.

O prédio histórico, datado de 1862, já abrigou o Serviço de Proteção ao Índio (atual Funai) no início do século 20. Em 1953, passou a funcionar como Museu do Índio, até este ser transferido para o bairro de Botafogo, na zona sul do Rio, no final da década de 70. Desde então, o local está abandonado. Com informações da Assessoria de Imprensa do governo do Rio de Janeiro.

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