Nos EUA, Clarence Thomas quebra o silêncio em Plenário
17 de janeiro de 2013, 13h08
Na última segunda-feira (14/1), Thomas fez um comentário durante uma piada sobre advogados que estudaram em Havard ou Yale. A interpretação feita por testemunhas ouvidas pela imprensa americana é de que Thomas — que tem laços rompidos com sua universidade, Yale — quis dizer que um diploma universitário de elite não necessariamente significa que o advogado é qualificado.
Thomas tem 64 anos e é o segundo juiz negro a ser nomeado à mais alta corte dos Estados Unidos. Já havia declarado que evita fazer perguntas em audiência para dar aos advogados a chance de apresentar seus casos.
Ele também se diz inibido por sua própria fala, alegando que era vítima de gozações na infância por causa do dialeto que aprendeu a falar no estado da Geórgia. Assim, desenvolveu o hábito de não fazer perguntas durante seus anos universitários. Thomas é o único integrante do mais alto tribunal americano que evita fazer questionamentos.
Durante seu incomum pronunciamento na segunda-feira, Thomas e os demais oito membros da Suprema Corte estavam em audiência do caso Boyer x Louisiana, em que Jonathan Boyer tenta reverter sua condenação por homicídio, argumentando que ficou sete anos detido antes de seu julgamento.
Os advogados de Boyer dizem que seu direito constitucional foi violado. Uma questão debatida é se os advogados indicados pela corte para representar Boyer no início do caso eram qualificados para o processo.
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