Baixa rentabilidade

Reader's Digest pede nova recuperação judicial

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20 de fevereiro de 2013, 10h33

O grupo RDA Holding, dono da revista Reader’s Digest, entrou com pedido de recuperação judicial pela segunda vez em menos de quatro anos. A companhia apresentou ao Tribunal de Falências de Nova York, no domingo (17/2), um plano para alcançar uma redução de 80% em sua dívida total, hoje de US$ 534 milhões. As informações são da Folha de S.Paulo.

Nos documentos, o presidente-executivo da empresa, Robert Guth, diz que, apesar de ter saído do primeiro processo de recuperação, em 2010, como um grupo menor, o plano da companhia não previu de forma adequada os desafios do setor de mídia nos últimos anos. Para ajudar no processo de recuperação, a RDA conseguiu negociar um financiamento de US$ 105 milhões com seus credores.

Com este pedido, a RDA espera conseguir uma “redução significativa da dívida” e “redefinir” o negócio, concentrando recursos nas revistas publicadas nos Estados Unidos. Estas “mostraram uma nova vitalidade em resultados nos nossos esforços de transformação, particularmente na área digital”, declarou Guth

O primeiro pedido de recuperação judicial foi registrado em 2009. A companhia conseguiu se levantar em cerca de quatro meses, após diminuir em quase US$ 2 bilhões as dívidas.

Desde então, Guth, o terceiro presidente do grupo desde a primeira recuperação, levantou recursos com a venda de alguns negócios e aprofundou a estratégia digital, mas não conseguiu garantir a rentabilidade das publicações. O grupo atua hoje em 41 países, com 75 títulos diferentes. O total dos ativos da companhia foi estimado em mais de US$ 1 bilhão no processo.

Fundada em 1922 pelo casal Witt e Lila Wallace, a Reader’s Digest oferecia artigos sobre saúde, casa e família, e chegou a ser a revista mais vendida em sua categoria.

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