Advogados grampeados

OAB-DF descobre gravadores e microfone em sua sede

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1 de fevereiro de 2013, 16h03

Um chiado nos telefones da OAB do Distrito Federal era um “sintoma” de que os telefones estavam grampeados. O gravador foi descoberto na caixa geral de telefones da seccional por um técnico em telefonia, chamado depois que o presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha, constatou barulhos estranhos durante suas ligações telefônicas.

Encontrado o grampo, foi chamada a Polícia Federal. Os policiais encontraram, além do gravador, um microfone escondido embaixo da mesa de Ibaneis, o que indica a existência de escuta ambiental na sala da presidência.

Ibaneis Rocha acaba de vencer a disputa pela presidência da OAB do Distrito Federal. Ele ganhou do advogado Francisco Caputo, então presidente da seccional. Nas eleições federais, apoiou Marcus Vinícius Furtado Coêlho, que saiu vencedor. Denunciou as escutas em seu discurso de posse.

A PF recolheu o material e o levou para seus laboratórios de perícia. Um relatório deve ficar pronto na semana que vem e será entregue à presidência da OAB-DF.

Por telefone, Ibaneis disse à ConJur que não imagina quem possa ter instalado os aparelhos. O que estranhou foi o fato de existir grampo dentro da OAB. "Se estava gravando ou não, nem me interessa. O que me deixou muito chateado foi a simples existência desses aparelhos na Ordem. Eu até acho que não estavam sendo usados."

Ele também não se mostrou preocupado com a escuta ambiental. Apenas lamentou: "Não sei se o microfone era para me ouvir ou se era para ouvir as reuniões, mas na verdade nem importa. Só a existência disso na OAB já é uma coisa absurda. Isso para mim é coisa de bandido", falou.

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