Crítica da OAB

'Telefonia celular no Brasil só funciona nos presídios'

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30 de agosto de 2013, 10h18

“As agências reguladoras do país deveriam ser fechadas. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), pela sua leniência e omissão, é a grande responsável pelo caos no sistema de telefonia no Brasil.” A declaração partiu do vice-presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia.

O dirigente, que já presidiu a OAB gaúcha, participou, na tarde desta quinta-feira (29/8), em Porto Alegre, do seminário ‘‘Por um novo marco regulatório da telefonia’’, promovido pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. O evento também contou com a participação de 35 parlamentares de 20 estados.

Lamachia rebateu os argumentos usadas pelas telefônicas para a instalação de novas antenas nos municípios. “As empresas seguem utilizando a justificativa infundada de que a legislação municipal seria o entrave para a melhoria de serviços. Trata-se de uma inverdade, pois mesmo em localidades sem qualquer tipo de legislação restritiva, o serviço é igualmente ruim. Na realidade, a telefonia celular no Brasil apenas funciona nos presídios”, alfinetou.

O seminário visa garantir a modificação da Lei Geral das Telecomunicações, pois o texto sancionado em 1997 não acompanhou o avanço tecnológico que culminou com o crescimento da telefonia móvel, gerando falhas na legislação.

O encontro integra as ações da CPI da Telefonia da Assembleia Legislativa, instalada em maio último. A investigação parlamentar foi deflagrada atendendo movimento da OAB-RS em 2012, visando à melhoria na qualidade dos serviços de telefonia e internet no Rio Grande do Sul. Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB-RS. 

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