Joint venture

Mineradora quer processar ex-presidente da Vale

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23 de setembro de 2012, 17h30

O grupo israelense BSG Resources, sócio da mineradora Vale na África, quer processar o banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual, e o empresário Roger Agnelli, ex-presidente da Vale, noticiou a revista Época.

O grupo formou uma joint venture com a Vale, a VBG, para explorar a mina de Simandou, na Guiné, a maior reserva inexplorada de minério de ferro do mundo. Mas os israelenses temem que o BTG e Agnelli controlem os negócios.

O banco e o empresário negociam com o governo da Guiné a assessoria financeira sobre o destino da mina de Simandou. Alega o BSG que o acordo seja abrangente demais, dando ao BTG e a Agnelli influência sobre todas as operações em Simandou, entre elas, os direitos de exploração da mineradora VBG.

O presidente do BSG, Asher Avidan, veio ao Brasil para conversar com quatro grandes escritórios de advocacia. Segundo Avidan, o banco BTG e Agnelli estão negociando com Alpha Mohamed Condé, filho do presidente da Guiné, Alpha Condé. O executivo pretende que a Vale seja coautora da ação.

Segundo profissionais ligados ao BTG e a Agnelli, a proposta de consultoria se refere a uma área de Simandou em posse da mineradora australiana Rio Tinto. Mas o BSG desmente, afirmando que a proposta inclui a totalidade da mina.

A Guiné é um dos países mais pobres do mundo. Sua renda per capita equivale a um décimo da brasileira e o analfabetismo atinge 60% da população.

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