Trabalho interno

Ex-agente é condenado por vender drogas na prisão

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8 de setembro de 2012, 11h06

A Justiça do Rio Grande do Sul condenou um ex-agente penitenciário e um presidiário que transportavam e vendiam drogas dentro do presídio. A sentença, do juiz Jaime de Freitas da Silva, da 2ª Vara de Charqueadas, o condenou a 12 anos e oito meses de reculsão em regime fechado. A decisão é da quarta-feira (6/9) e cabe recurso.

De acordo com os autos, um presidiário recebia as encomendas trazidas pelo ex-agente e os dois repartiam os lucros das vendas. Eles foram descobertos por meio de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, fotos e filmagens, durante a chamada Operação Cavalo de Troia, do Ministério Público estadual, que investigava agentes penitenciários do presídio de Charqueada, na região da Grande Porto Alegre.

Segundo a denúncia, o agente foi flagrado tentando entrar de carro na penitenciária com 575 gramas de maconha, cinco celulares e chips, carregadores de bateria e fones de ouvido, escondidos dentro de uma sacola que estava debaixo do banco do motorista. A droga apreendida no flagrante era destinada ao preso, encarregado de vender e entregar a droga para consumo dos demais internos.

Encomendas de apenados
Na sentença, o magistrado afirmou que o teor dos diálogos não deixou dúvidas de que as drogas e celulares seriam distribuídos dentro da penitenciária e se tratavam de encomendas de apenados. Foi tipificado o crime de tráfico de drogas. Ressaltou que a prisão do agente não foi por acaso e decorreu de minuciosa investigação do MP.

‘‘A versão de que desconhecia a existência da droga e dos objetos apreendidos em seu automóvel não tem a mínima sustentação e vem desmentida pelos depoimentos dos corregedores da Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários) que, inclusive, atenderam pedido do detento para ser revistado em outro local, possivelmente para não ser visto por outros colegas’’, disse o juiz. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-RS.

Clique aqui para ler a sentença.

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