Crime Digital

MP instaura inquérito para apurar suposto vazamento de dados do Banco Inter

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9 de maio de 2018, 19h10

A Comissão de Proteção dos Dados Pessoais do Ministério Público instaurou inquérito civil público para apurar suposto vazamento de informações dos clientes, funcionários e executivos do banco digital Inter. O MP alega ter acesso a arquivos que podem conter dados pessoais dos correntistas, enquanto a empresa nega problemas.

A investigação foi aberta após reportagem do site TecMundo, veiculada na última sexta-feira (4/5), sobre suposta tentativa de extorsão contra a instituição bancária. De acordo com a publicação, um hacker ameaçou vender os dados caso a empresa não pagasse determina quantia em até cinco dias.

O valor não foi divulgado, mas o site alegou ter tido acesso a um arquivo criptografado de 40 gigabytes com cheques, documentos, transações, e-mails, informações pessoais, chaves de segurança e senhas de 300 mil pessoas.

No mesmo dia da notícia, a companhia divulgou nota de esclarecimento garantindo que nenhuma informação pessoal foi vazada. "Esclarecemos que o Banco Inter foi vítima de tentativa de extorsão e que imediatamente constatou que não houve comprometimento da segurança no ambiente externo e nem danos à  sua estrutura tecnológica. O fato foi comunicado às autoridades competentes e a investigação já está em andamento".

Segundo o Ministério Público Federal, foi expedido ofício ao banco para que ele repasse informações sobre o incidente. “A empresa deve informar se foi realmente constatado algum tipo de incidente de segurança relacionado à base de dados do banco, sua natureza e as medidas que foram tomadas, além de quantos clientes ou colaboradores foram afetados”, informou o MPF.

Segundo o promotor de Justiça, Frederico Meinberg, coordenador da comissão que apura o caso, “o Ministério Público entende que vazamento de dados envolvendo companhias abertas configura fato relevante capaz de influir de modo ponderável na cotação dos valores mobiliários, por isso a determinação de oficiar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informando sobre a instauração do inquérito civil público”. Com informações da Assessoria de Imprensa do MPF.

Clique aqui para ler a Portaria 05/2018, que instaura o inquérito.

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