Banco Santos

Administrador quer leiloar vinhos estragados

Autor

9 de outubro de 2012, 15h47

iStockphoto
O administrador judicial da massa falida do Banco Santos, Vânio Aguiar, está tentando fazer o leilão de centenas de garrafas de vinho que o ex-banqueiro e controlador do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira, mantinha em sua adega. O problema é que as garrafas estão em estado de deteriorização, conforme laudo do perito Oliver Smith, contratado pelo próprio Vânio Aguiar.

A notícia deixou Cid Ferreria estarrecido. De acordo com o ex-dono do Santos, o administrador da massa falida tenta leiloar os vinhos para que não haja provas da má conservação. "Vânio Aguiar quer leiloar vinhos que ele próprio deixou estragar, para enganar credores, sumir com provas e transferir responsabilidades", explica Cid Ferreira.

O ex-banqueiro alerta para a deterioração do patrimônio sob responsabilidade de Vânio Aguiar. De acordo com Cid Ferreira, o desligamento de sistemas inteligentes de segurança, desligamento de ar-condicionado, não utilização de persianas especiais blackout, má conservação do sistema hidráulico e falta de controle de umidade, entre outras ações executadas por ordens expressas do administrador judicial Vânio Aguiar, vêm sendo responsáveis por prejuízos milionários aos credores.

Relatórios feitos pelos peritos do Museu de Arte Contemporânea (MAC) mostram que das 600 obras que estão no interior de mansão, 100 apresentam fungos, mofos e craquelamentos. O que significa problemas sérios de conservação em obras de arte, pinturas, esculturas e fotografias de mestres como Portinari, Di Cavalcanti, Brecheret, Frank Stela, Volpi, Irving Penn, entre outros.

Apesar de existir uma determinação do Tribunal de Justiça, o administrador ainda não permitiu que os danos fossem verificados in loco pelos representantes da Justiça. Além do problema dos vinhos estragados e das obras de arte, a casa está com vazamentos hidráulicos, reatores, elevadores quebrados e com sua parte externa degradada.

"Mas o administrador cobra do grupo de credores mais de R$ 300 mil mensais para administrar a massa falida do Banco Santos e de mais outras oito falências indevidamente pagas também por eles. Para onde está indo esse dinheiro?” questiona Cid Ferreira.

Clique aqui para ler o laudo da perícia.

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!