Lei de Contravenções

Cariocas e fluminenses são a favor do jogo do bicho

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1 de outubro de 2012, 20h01

Na próxima quarta-feira (3/10), a proibição do jogo do bicho pela Lei de Contravenções Penais completa 71 anos. A legislação proibitiva não alterou o cenário de ilegalidade do jogo no Brasil, que movimenta, anualmente, bilhões em apostas clandestinas, sem nenhuma contrapartida destes recursos para o Estado e para a sociedade. Uma pesquisa feita pelo IBOPE, contratado pelo site Boletim de Notícias Lotéricas (BNL), sobre a revogação da Lei das Contravenções Penais, proposta pela Comissão de Juristas, mostrou que a maioria da população (58%) do Rio de Janeiro defende o jogo e é contra a criminalização.

Os cariocas e fluminenses acreditam que, com a criminalização do jogo do bicho proposta na reforma do novo Código Penal, e com a consequente saída dos bicheiros desta atividade, o jogo ilegal, considerado contravenção penal, vai migrar para estruturas "verdadeiramente" criminosas e mafiosas. Na opinião de 42% dos entrevistados o jogo do bicho passaria a ser controlado pelos traficantes/milícia, enquanto 29% acham que o jogo acabaria, 3% afirmam que seria operado por policiais, 2% que seria operado por "políticos/ políticos corruptos/governo corrupto", 1% por policiais e 22% não sabem/não respondem. 

A maioria dos cariocas e fluminenses também acredita que a arrecadação de impostos sobre o jogo do bicho é importante para o governo. Depois da informação de que o jogo do bicho gera 50 mil empregos diretos no Rio de Janeiro, o IBOPE perguntou a opinião da população sobre a importância da arrecadação de impostos para o governo sobre esta atividade. Entre os entrevistados, 21% acreditam que é muito importante, 33% dizem ser importante, 19% consideram indiferente, 7% acreditam que não é importante, 14% entendem que não é nada importante e 7% não responderam.

O BNL estima que, diariamente, 20 milhões de brasileiros façam uma fezinha no jogo do bicho e que a sua legalização, seria lucrativa para o estado e para a sociedade. O IBOPE ouviu 805 pessoas entre os dias 20 e 23 de junho na capital, Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo.

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