Processos de divórcio

Polícia Federal investiga compra de dados por banca

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28 de novembro de 2012, 15h23

Ao investigar a compra de dados sigilosos, a Polícia Federal chegou à advogada Priscila Corrêa da Fonseca. Para a Polícia, desde 2007, funcionários do escritório de Priscila Corrêa da Fonseca, conhecida advogada no ramo de família, compraram informações sigilosas. As informações são do Jornal da Globo

O escritório de Priscila Corrêa da Fonseca disse ter sido citado pela Polícia Federal porque duas profissionais autônomas que prestaram serviços no passado são investigadas. E mais: que as atividades do escritório de advocacia não estão sendo investigadas na operação.

Segundo a Polícia Federal, era a secretária de Priscila, Miriam Machado do Carmo, a responsável pela compra dos dados. Entre eles, declarações de Imposto de Renda, que seriam usados em processos, como os de divórcio.

Os valores cobrados pelos criminosos para vender informações sigilosas variavam de R$ 30 por um extrato bancário, por exemplo, até R$ 7 mil por uma escuta telefônica. A investigação mostrou que 10 mil pessoas podem ter sido vítimas da quadrilha, incluindo o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que teve seu sigilo telefônico quebrado.

Além de Kassab, foram espionados o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo no Senado, o ex-ministro da previdência Carlos Eduardo Gabas, os desembargadores Luis Fernando Salles Rossi, do Tribunal de Justiça de São Paulo, e Julio Roberto Siqueira Cardoso, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Durante as investigações, a PF descobriu também uma segunda quadrilha que praticava crimes financeiros. Itamar Ferreira Damião e José Carlos Ayres, para a Polícia, agiam como intermediadores de sete grupos de doleiros. Um agente da Polícia Federal é acusado de participar do esquema.

Segundo a Polícia, eles enviavam recursos de clientes para o exterior e também parte do dinheiro arrecadado com a venda de informações sigilosas. O dinheiro ia principalmente para 20 contas em Hong Kong, na China, e, de lá, para diversos países. Com a quadrilha, a Polícia aprendeu 29 carros e o equivalente a mais R$ 350 mil em diversas moedas.

O advogado de Itamar Ferreira Damião disse que o cliente dele não é chefe de nenhuma organização criminosa. Já o advogado de José Carlos Ayres não foi encontrado. 

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