Índios e soldados

Comissão investigará violações contra camponeses

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18 de novembro de 2012, 13h24

A Comissão Nacional da Verdade (CNV) criou um grupo específico para investigar violações dos direitos de camponeses pelo Exército durante a Guerrilha do Araguaia, ocorrida no início da década de 1970. A Comissão dos Camponeses do Araguaia foi anunciada sábado (17/11) após audiência pública em Marabá (PA), onde acontece o encontro da CNV com indígenas e camponeses da região.

O grupo será formado por sete camponeses membros da Associação dos Torturados da Guerrilha do Araguaia, sediada em São Domingos do Araguaia. Segundo o presidente da associação, que assumirá também a presidência da comissão, Sezostrys Alves da Costa, esta é a primeira oportunidade de registrar as violências sofridas pelos camponeses. "Lutamos para que fosse reconhecida a perseguição aos camponeses, agora, vamos ouvir, sistematizar e produzir um relatório para contar o que aconteceu e contribuir com a Comissão da Verdade. Isso é muito importante para nós."

Durante a audiência de sábado, foram ouvidos três indígenas da etnia Suruí, que vivem na terra indígena Sororó, no sudeste do Pará, e seis camponeses. Os relatos foram registrados, muitos pela primeira vez, para que façam parte da história da atuação da guerrilha e para facilitar as investigações de violência pela Comissão Nacional da Verdade. Neste domingo (18/11) devem ser entrevistados ex-soldados que atuaram na região. Com informações da Agência Brasil. 

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