Morte ao ditador

Procurador pede pena de morte para Hosni Mubarak

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5 de janeiro de 2012, 14h21

O procurador Mustafa Souleimane, que atua no julgamento do ex-presidente do Egito Hosni Mubarak, pediu, nesta quinta-feira (5/1), a pena de morte para o réu, responsabilizado pela morte de manifestantes durante a revolta popular no país. “A lei prevê a pena de morte para o homicídio premeditado”, declarou o procurador no final da apresentação das alegações, hoje no tribunal do Cairo, onde ocorre o julgamento.

O procurador, que apresenta as suas alegações desde terça-feira (3/1), considerou que existem provas sólidas do envolvimento do ex-presidente egípcio na morte de manifestantes durante a revolta popular de 2011. "A acusação confirmou que Mubarak, Habib Adli [ex-ministro do Interior] e seis altos responsáveis pela segurança ajudaram e incitaram os disparos contra a multidão que se manifestava exigindo o fim do regime”, declarou o procurador. 

O procurador pediu a pena máxima também para o ex-ministro do Interior egípcio e para os seis altos chefes dos serviços de segurança, que estão sendo julgados simultaneamente. Mubarak e seus colaboradores são julgados pela repressão das manifestações contra o regime, no início de 2011, que fez 850 mortos, de acordo com números oficiais.

O ex-presidente egípcio, de 83 anos, que está detido preventivamente num hospital militar nos arredores do Cairo, declarou não ser culpado. O julgamento deverá ser retomado na próxima segunda-feira. Com informações da Agência Brasil.  

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