Comunicação no Judiciário

Roque Mesquita toma posse da presidência da Apamagis

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3 de janeiro de 2012, 9h14

O desembargador Roque Mesquita, do Tribunal de Justiça de São Paulo, tomou posse da presidência da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis) nessa segunda-feira (2/1). O evento aconteceu no fim da tarde, na sede da entidade, logo depois da posse do novo presidente do TJ-SP, desembargador Ivan Sartori .

Em seu discurso, o recém-empossado Roque Mesquita ressaltou a característica de continuidade que pretende impor à sua gestão, motivo pelo qual nomeou sua chapa de candidatura à presidência de “Evolução”. Na gestão passada, Mesquita foi 1º vice-presidente da Apamagis. 

Além de manter as plataformas da antiga presidência, ocupada pelo desembargador Paulo Dimas Mascharetti, Mesquita declarou que pretende ampliar e renovar a política de comunicação da Apamagis. Assim, pretende estimular os juízes paulistas a aumentar o relacionamento com a mídia. “A imprensa será a grande parceira neste momento.”

Já Mascharetti preferiu destacar o papel dos meios de comunicação durante a crise que o Judiciário brasileiro vem passando. Para o desembargador, “a crise é artificial, criada pela imprensa como se fosse uma luta corporativa” entre os juízes e o Conselho Nacional de Justiça.

Ele se refere à investigação que a Corregedoria Nacional de Justiça, do CNJ, vem fazendo em todos os tribunais do país. O órgão apura pagamentos irregulares de verbas atrasadas a desembargadores e servidores, e é acusado de quebrar os sigilos fiscal e bancário de magistrados.

O CNJ nega a quebra de sigilo e diz que apenas investiga as folhas de pagamento dos juízes e servidores. As investigações foram suspensas por liminar concedida pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, em Mandado de Segurança impetrado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e pela Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra).

Para o desembargador Mascharetti, os atuais embates internos do Judiciário são criação dos jornais. São causados porque a imprensa “vê o CNJ como se fosse uma tábua de salvação”. O presidente da AMB, desembargador Nelson Calandra, um dos autores do Mandado de Segurança, compareceu à posse e foi aplaudido de pé pelos colegas.  

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