Homens representam 92,6% da população carcerária
16 de fevereiro de 2012, 11h37
Em junho do ano passado, data do último levantamento no número de presos realizado, os homens representaram 92,6% de toda a população carcerária nacional (índice que em 2000 era de 95,7% do total).
Sinal de que a criminalidade e, por consequência, a penalidade atingem os homens com mais frequência do que as mulheres.
Prova disso está no número de assassinatos ocorridos em 2009, por exemplo, que, de acordo com o Datasus (Ministério da Saúde), vitimaram47.109 (ou 91,6%) homens e 4.260 (ou 8,3%) mulheres, num total de 51.434 homicídios registrados naquele ano (Leia: Homens e jovens: Principais vítimas de homicídios no país).
Ainda em 2009, os homens também foram mais agredidos. A pesquisa Características da Vitimização e o Acesso à Justiça no Brasil 2009 revelou que o índice relativo de pessoas maiores de dez anos de idade vitimadas por agressão foi de 1,8% em relação aos homens e de 1,3% em relação às mulheres. (Leia: 2,5 milhões de pessoas foram agredidas em 2009).
Assim, muito provavelmente em razão de sua maior vulnerabilidade e disposição para o embate, os homens ainda representam a maioria da população assassinada, agredida e encarcerada no Brasil. Fato que deve ser apreciado quando da elaboração de políticas criminais preventivas e quando da aplicação de penas, sejam elas ou não alternativas.
** Colaborou Mariana Cury Bunduky, advogada e pesquisadora do Instituto de Pesquisa e Cultura Luiz Flávio Gomes.
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