Força parada

Greve de PMs termina em Salvador e começa no Rio

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10 de fevereiro de 2012, 14h26

O comandante da Polícia Militar da Bahia, coronel Alfredo Castro, disse nesta sexta-feira (10/2) que 85% dos policiais da região metropolitana de Salvador estão trabalhando. Segundo ele, há uma tendência de volta à normalidade, de acordo com levantamento feito pelo comando pela manhã. Já no Rio de Janeiro, a greve decretada pelas polícias Civil e Militar prejudicou o atendimento em delegacias da cidade, que mantêm basicamente os registros de flagrantes.

Em entrevista coletiva, o coronel Alfredo Castroque, da PM da Bahia, afirmou que o policial que não compareceu ao trabalho nesta sexta e não comparecer nos próximos dias terá o ponto cortado. Segundo ele, o comando deixará de entender as faltas como adesão ao movimento grevista. "A greve, na minha ótica, acabou. Tudo tem um começo, um meio e um fim e o fim da greve está decretado." 

Ele reconheceu, no entanto, que ainda é cedo para que os homens do Exército deixem o patrulhamento da capital, ação que vem ocorrendo nos bairros centrais e nas áreas turísticas da cidade. "Estamos em uma fase de transição. O Exército vai ficar até essa fase de transição terminar", explicou.

Vários shows e ensaios de blocos carnavalescos, previstos para esta semana, foram cancelados. O coronel disse que o reforço policial do interior da Bahia para a capital, que é feito todo ano durante o carnaval, está mantido para a próxima semana. Serão deslocados para Salvador 3,2 mil policiais de outras cidades baianas.

Greve no Rio
Na 4ª Delegacia de Polícia, na Central do Brasil, centro da capital fluminense, um inspetor orientava a população a voltar na próxima semana, já que apenas serviços considerados de emergência, como autos de prisão em flagrante e remoção de cadáveres, foram mantidos.

Em outra delegacia no centro, a 5ª DP, um colete com a inscrição “policiais civis em greve” foi pendurado em um cavalete na entrada da unidade para informar à população sobre a adesão ao movimento. No local, também estavam sendo atendidos apenas os casos de flagrante. 

A rotina em alguns batalhões da Polícia Militar (BPM) também foi alterada na manhã desta sexta-feira. No 5º BPM, responsável pelo patrulhamento em áreas do centro, apesar dos portões abertos, parte do efetivo permaneceu aquartelada. No pátio da unidade, cerca de 30 viaturas estavam estacionadas por volta das 9h, o que, segundo policiais lotados no batalhão, não é usual nesse horário.

Apesar da greve, a reportagem da Agência Brasil encontrou algumas viaturas da Polícia Militar circulando por ruas da zona sul da cidade, como Copacabana e o Flamengo. Com informações da Agência Brasil.

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