Fatia do mercado

BM&A negociou US$ 34 bilhões em fusões e aquisições

Autor

4 de fevereiro de 2012, 7h03

Mais de um terço do volume de operações de fusões e aquisições que aconteceram no Brasil em 2011. A marca foi conquistada pela banca Barbosa, Müssnich & Aragão, com negócios que movimentaram US$ 34,8 bilhões. O segundo colocado, Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados, movimentou US$ 19,9 bilhões durante o ano. Os dados foram revelados pelo Global Legal Advisory Mergers & Acquisitions Rankings 2011, elaborado pela Bloomberg (clique aqui para ler o relatório, em inglês).

Aparecem no ranking da Bloomberg 20 escritórios de advocacia que atuam no Brasil, sendo que 11 deles não são brasileiros. Todos eles seguem o bê-á-bá da consultoria jurídica, partindo da assinatura do acordo de confidencialidade entre as partes e da carta de intenções, passando por due diligences e terminando no fechamento da operação.

Foi assim, em 2011, para a BM&A, como conta Francisco Müssnich, sócio do escritório. Foram assessoradas, por exemplo, operações como a compra da AES Atimus pela TIM, a aquisição da Webjet pela Gol e a venda de parte do capital social da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração para o consórcio China Niobium Investment. Nos primeiros nove meses do ano, a banca movimentou US$ 28 bilhões. Sozinha, a aquisição de participação da Oi pela Portugal Telecom movimentou US$ 5 bilhões.

Para se ter uma ideia, juntos, os 20 escritórios assessoraram cerca de US$ 99 bilhões em operações. Os dez últimos colocados na lista foram responsáveis por US$ 33 bilhões. O levantamento é feito com os principais escritórios dos países que são acompanhados. Depois, o resultado é separado por países e por regiões.

Aparecem na lista do Brasil, além do BM&A e do Machado Meyer Sendacz e Opice Advogados, as bancas Mattos Filho Veiga Filho Marrey Jr. e Quiroga Advogados, Skadden Arps Slate Meagher & Flom, Pinheiro Neto Advogados, Lefosse Advogados, Souza Cescon Barrieu & Flesch Advogados, Tozzini Freire Teixeira & Silva, Davis Polk & Wardwell, Vinson & Elkins, Sullivan & Cromwell, Shearman & Sterling, Allen & Overy, Veirano Advogados, Simpson Thacher & Bartlett, Clifford Chance, Latham & Watkins, Freshfields Bruckhaus Deringer, Motta Fernandes Rocha Advogados e Baker & McKenzie. Veja tabela abaixo:

"Somos número um no Brasil há muito tempo, independentemente do que a Bloomberg diz. Não tem operação que não passe por nossas mãos", conta Müssnich. Em 2010, de acordo com o mesmo ranking, o BM&A conquistou a segunda posição. Agora, desbancou o Souza Cescon Barrieu & Flesch Advogados, que era primeiro lugar e caiu para o sétimo, fechando negócios no total de US$ 7 bilhões.

"Cada operação é uma operação e precisa ser especialmente pensada. Cada sócio da banca tem absoluta tranquilidade para assessorar as operações. Nós temos a mão-de-obra necessária", conta Müssnich. Para 2012, as previsões ainda são incertas, diz o advogado. "Com o SuperCade, vamos ter de nos adaptar. O mercado é dinâmico e acho que a lei vai complicar a vida dos advogados, já que toda operação deverá ser previamente aprovada."

Segundo a Bloomberg, a maior parte das transações ainda estão abaixo de US$ 500 milhões. No entanto, 17 delas foram superiores a US$ 10 bilhões, o maior índice desde 2008. O Japão ganhou o título do país que mais assessorou fusões e aquisições, superando os US$ 178 bilhões.

Clique aqui para ler o relatório, em inglês.

Autores

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!