Qualquer circunstância

Plano britânico para prender Julian Assange é publicado

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25 de agosto de 2012, 12h15

Wikimedia Commons
As fotos das anotações de um plano da polícia britânica para prender o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, se ele decidisse sair da embaixada do Equador em Londres, onde está refugiado, foram publicadas pela imprensa britânica neste sábado. As informações são do portal iG.

Um policial que protege a embaixada foi fotografado com um documento manuscrito.  O documento assinala que o fundador do WikiLeaks deverá ser detido "sob qualquer circunstância" caso dê um passo para fora da embaixada, que está localizada junto ao luxuoso centro comercial Harrods, no elegante distrito de Knightsbridge. Além disso, este documento indica que se o australiano de 41 anos tentar sair de uma embaixada num veículo, sob imunidade diplomática ou em um malote diplomático, deverá ser detido. O documento também adverte sobre "possíveis distrações", o que sugere que a polícia teme que seus partidários tentem criar uma distração para facilitar a fuga de Assange.

"São anotações de um oficial feitas durante uma reunião", explicou um porta-voz da Scotland Yard. "Nosso objetivo é prender Julian Assange por não cumprimento de sua fiança. Sob nenhuma circunstância se procederá a uma prisão que viole a imunidade diplomática", acrescentou o porta-voz.

Assange, depois de esgotar todas suas opções legais na Grã-Bretanha para evitar uma extradição para a Suécia, onde é procurado para responder por acusações de delitos sexuais, entrou na embaixada equatoriana em Londres em 19 de junho e pediu asilo. O Equador concedeu este asilo político em 16 de agosto. A Grã-Bretanha diz estar legalmente obrigada a extraditar Assange para a Suécia se ele sair da embaixada do Equador. 

Os chanceleres e representantes da OEA aprovaram na noite de sexta-feira uma resolução de "solidariedade e apoio" ao Equador em seu conflito diplomático com a Grã-Bretanha pelo asilo concedido a Assange. A resolução pede que se "rejeite qualquer tentativa que ponha em risco a inviolabilidade das missões diplomáticas" e, "neste contexto, manifesta sua solidariedade e apoio" ao Equador, segundo o texto, aprovado por consenso pela organização, apesar das reservas manifestadas por Estados Unidos e Canadá.

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