Massa Falida já recebeu R$ 1,2 bilhão, diz Edemar
14 de março de 2011, 18h39
O sr. Jorge Queiroz, de fato, não é mais representante dos credores da Massa Falida do Banco Santos. Sua destituição foi requerida ao juiz da 2ª Vara de Falências em novembro do ano passado, subscrita pela Real Grandeza — Fundação de Previdência e Assistência Social, mais 105 credores, inclusive os mais importantes fundos de pensão do país, e que representam perto de 30% dos credores da Massa Falida.
O fato deverá ser homologado pela Assembléia de Credores, cuja data não foi determinada pelo juiz da 2ª Vara de Falências. A Lei de Falências assegura a um grupo de mais de 25% de Credores o direito à convocação de Assembléia de Credores, no caso para destituir o sr. Jorge Queiroz dessa função.
Qualquer brasileiro poderá consultar os autos da Falência e lerá a petição dos Credores nesse sentido.
Portanto, Jorge Queiroz não é mais pessoa da confiança dos Credores, como dizem os signatários da petição. Entre outras razões, a mais singela é que ele subscreveu descontos de mais R$ 800 milhões aos devedores, juntamente com o sr. Vanio Aguiar, Administrador Judicial, em detrimento dos Credores do Banco e em nítido favorecimento aos devedores.
É muito provável que Jorge Queiroz venha a responder civil e criminalmente pelo mau uso de sua representatividade.
Está sendo escravizado pelo senhor Vânio Aguiar, inclusive para fazer esse artigo, provavelmente de sua lavra.
Os erros, para esclarecimento dos credores:
1. O total do PL Negativo do Banco levantado pelo Interventor e hoje Administrador Judicial e após, confirmado pela autofalência, também requerida por Vanio Aguiar, é de R$ 2,2 bilhões, como consta em todos os documentos. O sr. Vanio Aguiar, Interventor, Liquidante e agora Administrador Judicial é Fiscal dele mesmo.
2. A Massa Falida já recebeu em dinheiro a importancia de cerca de R$ 1,2 bilhão, considerando valores pagos a vista e outros em parcelas, ainda não revelados pelo Administrador Judicial, mas passíveis de avaliação. A Massa Falida e o sr. Jorge Queiroz deram descontos de cerca de R$ 800 milhões aos devedores, para empresas de primeira grandeza. Portanto, estamos muito próximos do valor apontado na intervenção/falência de 2,2 bilhões. Contudo, temos ainda mais cerca de R$ 3 bilhões em discussão judicial, com sentenças ganhas em primeira e muitas em segunda instância.
3. O sr. Jorge Queiroz não é advogado. Não merecem crédito suas interpretações juridicas e elucubrações pouco ortodoxas.
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