Profissão perigo

AMB cria Secretaria de Segurança dos Magistrados

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10 de junho de 2011, 21h27

A falta de segurança nos fóruns e comarcas de todo o Brasil é o tema de uma pesquisa desenvolvida pelo desembargador do TJ-PR, João Kopytowski. Durante quatro meses, o juiz e seu assessor Kleber Silva visitaram 79 comarcas no país. De acordo com ele, 14 magistrados no Paraná e 13 em Minas estão ameaçados de morte por grupos criminosos. Em Marechal Cândido Rondon (PA), a morte de um juiz criminal foi encomendada por R$ 7 mil.

Em Santa Isabel do Ivaí, bandidos deram quatro tiros na casa de um juiz de Direito. Já na capital Curitiba, uma reunião do PCC, realizada em Campo Grande (MS), planejou explodir a Vara de Execuções Penais com rajadas de metralhadora e bomba, matar um juiz-corregedor e dois promotores com o objetivo de mostrar a força da organização criminosa, de acordo com o desembargador.

Preocupada com a segurança dos juízes, a Associação dos Magistrados Brasileiros criou a Secretaria de Segurança dos Magistrados, um órgão que estuda medidas para diminuir a vulnerabilidade dos fóruns e os riscos por que passam os juízes. O órgão é dirigido pelo juiz catarinense Getúlio Corrêa.

No Maranhão, os criminosos picharam o gabinete de uma juíza com frases ameaçadoras e furtaram 31 processos, que foram jogados no Rio Itapecuru, juntamente com a toga da juíza. A vestimenta, símbolo da carreira, foi encontrada, dias depois da invasão, rasgada e inutilizada. O presidente da AMB, Nelson Calandra, afirma que a ação foi um "grave desrespeito à juíza, ao Poder Público e a própria sociedade".

Na última quinta-feira (9/6), a Associação foi à Comarca de Exu, pequena cidade a 700 quilômetros de Recife, prestar apoio e defender o juiz e diretor do fórum local, Hauler Fonseca. O juiz foi hostilizado e sofreu ameaças após ter mantido a sua comarca em funcionamento, durante greve de servidores do Judiciário Estadual. Com Informações da Assessoria de Imprensa da AMB.

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