Antes da prescrição

Família de vítimas de acidente comemoram decisão

Autor

16 de julho de 2011, 18h26

Dois dias antes do o acidente da TAM ter completado quatro anos, a Justiça aceitou denúncia do Ministério Público contra os acusados de serem responsáveis pela colisão da aeronave com o prédio depois de um pouso forçado Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. As informações são da Agência Brasil.

Os parentes das 199 vítimas comemoraram o posicionamento do MP, já que a possibilidade de prescrição das acusações fica descartada. Caso o processo tivesse sido aberto depois do acidente ter completado quatro anos e os réus fossem condenados à pena mínima, eles não seriam punidos, explica o advogado da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ3054 (Afavitam), Ronaldo Marzagão. “Agora, mesmo os réus sendo condenado à pena mínima, que é dois anos, não há prescrição”, disse.

A Justiça Federal aceitou, na sexta-feira (15/7), a denúncia do Ministério Público Federal contra a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu, o vice-presidente de Operações da TAM, Alberto Fajerman, e o diretor de Segurança de Voo da TAM, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro. Os três são acusados pelo crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo, cuja pena varia de dois a cinco anos de prisão.

Com a aceitação das denúncias pela Justiça, o processo começa a ser analisado. Acusados, MPF e testemunhas devem ser ouvidos e, em cerca de dois anos, o julgamento de primeiro grau deve estar concluído. “Queremos que a justiça seja aplicada de forma rigorosa e exemplar para que outras pessoas que usam o transporte aéreo não corram os riscos que nossos filhos, pais e amigos correram”, disse o presidente da Afavitam, Dario Scott. 

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!