Requisitos preenchidos

Cacciola consegue progressão para regime semiaberto

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28 de janeiro de 2011, 11h30

Preso desde julho de 2008, o ex-banqueiro Salvatore Cacciola conseguiu progressão para o regime semiaberto na Justiça do Rio de Janeiro. Ele cumpre pena de 13 anos por crimes contra o sistema financeiro. Com a progressão, Cacciola pode trabalhar e visitar a família, voltando para a prisão no final do dia, onde deverá passar a noite. As informações são da Agência Brasil.

A Justiça considerou preenchidos os requisitos para a progressão do regime e que não há risco de fuga. Além de ter sido condenado pela Justiça Federal por peculato e gestão fraudulenta, Cacciola também teve prisão preventiva decretada em outro processo, por “emitir, oferecer ou negociar títulos ou valores mobiliários sem lastro ou garantias suficientes”.

Em 1999, o Banco Marka, de propriedade de Cacciola, precisou de ajuda financeira do Banco Central para honrar seus compromissos. Nessa época, houve uma grande desvalorização do real em relação ao dólar. No entanto, tempos antes, a instituição financeira tinha comprometido um valor 20 vezes superior ao seu próprio patrimônio líquido em contratos futuros de câmbio. O resultado foi desastroso: o Marka causou prejuízo aos cofres públicos estimado em R$ 1,5 bilhão.

Embora tenha sido preso pela Polícia Federal em 2000, ficou apenas 37 dias na cadeia. Após receber um Habeas Corpus do Supremo Tribunal Federal, fugiu para a Itália. Só foi recapturado em 2007, no Principado de Mônaco, porque constava em uma lista de procurados da Interpol.

Esta é a segunda vez que ele obtém a progressão de regime. Em outubro do ano passado, o Tribunal de Justiça suspendeu o benefício a pedido do Ministério Público.

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