Corte orçamentário

Sarney corta horas extras de diretores comissionados

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10 de fevereiro de 2011, 14h16

O Congresso terá que se adequar ao corte orçamentário de R$ 50 bilhões para 2011. E, para tanto, os diretores que têm cargos e funções comissionadas não receberão mais horas extras. Segundo o presidente José Sarney (PMDB-AP), essa medida evitará a distorção que é o diretor ser “o próprio árbitro” de quanto tem direito a receber o dinheiro. Com o corte, o concurso público previsto para contratar 180 servidores neste ano será reavaliado. As informações são da Agência Brasil.

Segundo Sarney, os gastos do Senado já se reduziram no decorrer dos últimos dois anos , mas mesmo assim determinará aos diretores e gestores “uma vigilância muito grande em matéria de gastos”.

O senador defendeu a ação do governo de tentar controlar a inflação e de recrudescer as medidas de controle dos gastos. Ele acredita que as ações já empreendidas não comprometerão as metas de crescimento para 2011 já que a melhoria na arrecadação compensará a contenção dos gastos.

Sarney declarou que “devemos fazer todo esforço para manter a estabilidade econômica. Essa que é fundamental para o país porque beneficia todo o povo brasileiro. Não podemos desequilibrar as finanças públicas e é isso que o governo está fazendo.”

A oposição, por sua vez, considerou que “as medidas são tímidas” e demoraram a ser tomadas. Para o líder dos Democratas, José Agripino Maia (RN), os cortes anunciados nesta quarta-feira (9/2) pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, são “uma bomba de efeito retardado”.

Maia destacou que o aumento da taxa de juros e os cortes representarão de imediato a redução dos investimentos em 2011 e “o freio no ritmo de crescimento” verificado nos últimos anos. “As metas de crescimento previstas estão comprometidas por conta desse remédio amargo que a população é obrigada a tomar pela gastança do governo Lula no ano eleitoral”, afirmou.

Para o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), os cortes anunciados são frágeis e precisaram ser aumentados. Além disso, os valores previstos em orçamentos passados estão em R$ 140 bilhões.

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