Campo fértil

Contratos e fusões serão atraentes para advocacia

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9 de dezembro de 2011, 10h54

Contratos internacionais, fusões e incorporações deverão ser um campo propício para atuação da advocacia. É o que diz a maioria dos profissionais do Direito dos maiores e mais renomados escritórios do Brasil, que se encontraram na festa de final de ano promovida pelo Centro de Estudos das Sociedades de Advogados (Cesa), presidido pelo advogado José Luis de Salles Freire, no Jockey Clube de São Paulo. Para eles, a boa fase da economia brasileira e eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas irão corroborar para o aquecimento destas áreas.

"A área empresarial é sempre atraente para advocacia. Mas, em 2012, este campo deve sofrer um aquecimento em virtude de novas fusões por conta do momento econômico privilegiado que o Brasil vive, atraindo muito capital estrangeiro", disse Décio Policastro, sócio do escritório Araújo e Policastro Advogados.

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[ConJur]O advogado ressalta que é preciso estar preparado para aproveitar ao máximo as oportunidades que estão por vir. “Para se destacar neste campo, é imprescindível estar atualizado. As empresas e os advogados terão que se adequar às novas regras do SuperCade. Além disso, a especialização em arbitragem é um bom negócio. Muitos destes contratos serão resolvidos por esta via”, afirmou Policastro.

Para o advogado Antonio Correa Meyer, do escritório Machado Meyer Sendacz Opice Advogados, os próximos anos podem representar um momento ímpar para os negócios da advocacia. “A Copa do Mundo e as Olimpíadas requerem uma série de investimentos em infra-estrutura. O advogado será requisitado para atuar na celebração de contratos e licitações. Somente nestes dois eventos podemos projetar um campo fértil para atuação da advocacia até 2014”.

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Dentro da área dos contratos, um segmento que deve se expandir e portanto apresentar boas oportunidades é o franchising, diz o advogado e presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D’Urso. “O cenário econômico no Brasil tem atraído investimentos internacionais e muitos vem por esta modalidade. No próximo ano, deve haver grande demanda para advogados", afirma ele. 

Advocacia sustentável
Durante a festa de encerramento das atividades do Cesa, que contou com a presença de 1.200 pessoas, foi lançado o Guia da Advocacia Sustentável, coordenado pelo Centro de Estudos. O Guia da Advocacia Sustentável tem foco em sete temas centrais: Governança Organizacional, Direitos Humanos, Práticas de Trabalho, Meio Ambiente, Práticas Leais de Operação, Questões relativas ao Consumidor e Envolvimento e Desenvolvimento da Comunidade. Ele é resultado de estudos feitos durante dois anos, em que foram avaliadas as diretrizes e questões sobre responsabilidade social apontadas na norma internacional ISO 26000.

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[ConJur]Para o advogado Eduardo Pannunzio, os escritórios precisam adotar em seus planejamentos de médio e longo prazo medidas que lhes possibilitem serem sustentáveis não só do ponto de vista financeiro, mas também do social. “Primeiro: Em virtude da própria responsabilidade que um escritório de advocacia e demais empresas devem assumir perante a sociedade. Segundo: Porque do ponto de vista mercadológico, hoje as empresas procuram estabelecer relações comerciais com advocacias que cultivam esse ponto de vista”, justifica.

Eduardo Pannunzio diz que as iniciativas de transparência e responsabilidade social e ambiental praticadas pelas grandes empresas acabam tendo uma reação em cadeia que afeta a todos os que se relacionam com ela, inclusive a advocacia.

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