Operação suspeita

STJ anula venda de mansão de Ricardo Mansur

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19 de agosto de 2011, 14h23

O Superior Tribunal de Justiça confirmou, na terça-feira (16/8), a anulação da venda de uma mansão do empresário Ricardo Mansur, ex-dono das redes Mappin e Mesbla e do banco Crefisul. A casa havia sido transferida a uma empresa uruguaia entre 1998 e 1999, por R$ 2,8 milhões, numa operação fraudulenta. O imóvel fica na região dos Jardins, região nobre de São Paulo, e é avaliado em R$ 35 milhões. Será leiloado para pagar parte das dívidas de Mansur. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As empresas de Ricardo Mansur quebraram em 2000 e deixaram uma dívida estimada em R$ 2 bilhões. A mansão disputada no STJ é reivindicada pela massa falida da Barnett, a holding de Mansur que administrava as demais empresas. A venda do imóvel foi anulada pela Justiça. A anulação foi mantida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

O empresário comprou a casa em 1998, por R$ 5,5 milhões, de acordo com a escritura feita na época. Dez meses depois, quando já passava por dificuldades financeiras, vendeu a propriedade à empresa uruguaia, chamada Compañia Administradora de Valores Sociedad Anónima. Um ano mais tarde, Mansur quebrou.

Segundo a defesa dos credores da Barnett, a companhia uruguaia é uma empresa de fachada, administrada pelo próprio Mansur, e por isso a venda da casa foi uma operação fraudulenta. De acordo com o advogado dos credores, José Carlos Etrusco, Ricardo Mansur ainda era o dono da mansão da Rua México.

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