Caso Erenice

Comissão vai investigar denúncias de lobby

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18 de setembro de 2010, 8h26

O ministro interino da Casa Civil, Carlos Eduardo Esteves Lima, assinou nesta sexta-feira (17/9) portaria que abre sindicância para investigar as acusações do caso Erenice Guerra, que deixou o cargo de ministra na quinta-feira. A principal acusação é de que Israel Guerra, filho de Erenice, usou a influência da mãe para cobrar propina em negociações entre empresas privadas e o governo. Como ex-ministra, Erenice não poderá ser investigada.

A comissão, que terá um prazo de 30 dias para concluir a apuração, irá apurar as responsabilidades dos servidores da Casa Civil no caso.

Erenice deixou a Casa Civil após reportagem publicada pela Folha de S.Paulo, na qual sócios da empresa EDRB, de Campinas (SP), acusam seu filho Israel e um assessor de pedir R$ 240 mil mais 5% de comissão para agilizar a liberação de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
 

Antes, a revista Veja trouxe reportagem que aponta que o filho da ministra e a empresa Capital Assessoria e Consultoria Empresarial, à qual é ligado, fizeram lobby para ajudar a MTA Linhas Aéreas a obter a renovação de uma concessão da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Nesta sexta-feira, a Comissão de Ética Pública da Presidência entendeu que Erenice cometeu falta ética e aprovou, em votação unânime, a aplicação de censura à ex-ministra. Ela deixou de apresentar à comissão documentos com informações sobre a sua evolução patrimonial e relação de parentes ocupando cargos públicos.

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