Perda no Senado

Morre o senador Romeu Tuma aos 79 anos

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26 de outubro de 2010, 13h45

O senador Romeu Tuma (PTB), 79 anos, morreu nesta terça-feira (26/10), segundo informações do portal G1. Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês, onde foi submetido a uma cirurgia cardíaca. Tuma estava hospitalizado desde setembro. A cirurgia feita foi no último dia 2 para a implantação de um Berlin Heart, espécie de coração artificial.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nota de pesar, na qual afirma que Tuma, como senador, "deu contribuição especial ao debate da segurança pública no país, sempre com empenho e ideias inovadoras". Para o presidente da República, o político sempre atuou de forma coerente com a visão que tinha do mundo, "por isso, merece o reconhecimento e o respeito dos brasileiros". Na cerimônia fúnebre, Lula será representado pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Nacional, Jorge Armando Felix.

Perfil

Geraldo Magela/Agência Senado
Romeu Tuma - Geraldo Magela/Agência Senado Nascido na capital paulista em 4 de outubro de 1931, Tuma era policial, formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Ele ingressou na carreira policial aos 20 anos. Durante o regime militar, tornou-se investigador e delegado de Polícia em 1967, quando ingressou no Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Dops). Exerceu o cargo de diretor de Polícia especializada entre 1977 e 1983.

Em 1983, assumiu a Superintendência da Polícia Federal de São Paulo e logo depois o cargo de diretor-geral da PF, função em que permaneceu até 1992. Ainda nesse posto, acumulou os cargos de secretário da Receita Federal e secretário da Polícia Federal. Em 1991, também passou a ocupar uma vice-presidência da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).

Permaneceu como diretor-geral da PF até 1992, quando acumulou o cargo de secretário da Receita Federal, no governo do presidente Fernando Collor. De 1992 a 1994, foi assessor especial do governador de São Paulo, com status de secretário de Estado.

Entre os seus trabalhos policiais de maior repercussão, está a descoberta da ossada de um dos mais procurados criminosos de guerra nazistas, Joseph Mengele, e a captura do mafioso italiano Thommaso Buscheta.

Em 1994, disputou pela primeira vez uma eleição. Foi eleito senador com mais de 5,5 milhões de votos. Em 2000, foi candidato à Prefeitura de São Paulo, mas terminou em quarto lugar. Nas eleições de outubro de 2002, recebeu 7.278.185 votos e obteve novo mandato de senador, com vigência até 2011.

Foi o primeiro corregedor parlamentar do Senado Federal. Pertencia ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa. Dois de seus filhos seguiram a carreira política. Romeu Tuma Júnior, que foi deputado estadual em São Paulo, e Robson Tuma, deputado federal até 2006.

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