Suspeita de vazamento

Segunda fase de Exame da Ordem é anulada

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7 de março de 2010, 18h22

O resultado da reunião a portas fechadas do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, com os presidentes das seccionais, neste domingo (7/3), na sede da OAB, foi o anulamento da segunda fase do exame que habilita bacharéis de Direito a exercer a advocacia. A decisão foi tomada para que seja garantida a credibilidade do exame. As informações são da Agência Brasil.

No dia 28 de fevereiro, em Osasco (SP), um candidato foi flagrado com as respostas de cinco antes da aplicação da segunda fase da prova prática de direito penal que faz parte do exame. O candidato estava com as respostas escritas em um folha de papel escondida em um livro de consulta. Ele foi retirado da sala de prova, mas não revelou como conseguiu as informações. Na ocasião, a OAB em São Paulo suspendeu a correção da prova e a divulgação dos resultados.

“Não consta anulação parcial de uma prova nacional. Se vazou em um lugar, pode ter vazado em outro. É melhor pecar pelo excesso do que pela omissão”, afirmou o presidente. De todas as seccionais, apenas os estados de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul votaram pela anulação apenas da prova de direito penal. Esta foi a primeira vez que o exame é aplicado de forma unificada em todo os estados e no Distrito Federal.

De acordo com Cavalcante, há uma sindicância interna no Cespe, entidade organizadora do exame, para descobrir a origem do vazamento. Além disso, a Polícia Federal também investiga o caso. O presidente da OAB descartou qualquer irregularidade na comissão responsável pelo exame na seccional de São Paulo.

Nova prova

Está marcada para o dia 11 de abril a prova que substituirá a anterior. Não será necessário fazer nova inscrição. Os candidatos serão comunicados da data por meio de editais publicados em jornais de grande circulação pelo Cespe. O custo da nova prova, cerca de R$ 500 mil, ficará por conta do Cespe.

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