Greve pública

ECA repudia atitude do sindicato de fechar prédio

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7 de maio de 2010, 15h06

Funcionários da Universidade de São Paulo, em greve desde quarta-feira (5/5), fecharam a entrada do prédio administrativo da Escola de Comunicação e Artes (ECA), impedindo o funcionamento da área, na manhã de quinta-feira (6/5), segundo informações do site G1. Em carta aberta, a Direção e Chefias de Departamentos da ECA manifestaram o repúdio contra a atitude do Sindicato dos Trabalhadores da USP e afirmaram que “vem fazendo todos os esforços necessários para a manutenção das condições de funcionamento da Escola”.

O sindicato decidiu fechar o prédio quando saiu decisão da 1ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, que atendeu a um pedido de liminar da reitoria da universidade e determinou que os grevistas paguem multa diária de R$ 1 mil se houver piquetes ou bloqueios em acessos a prédios. A diretoria da USP afirma que o fechamento do prédio tira o direito de ir e vir dos frequentadores, prejudicando atividades desenvolvidas pela faculdade, e a “decisão unilateral que desconsiderou a agenda de negociações salariais previamente estabelecida”. A ECA ainda criticou o anúncio público da greve. “Uma vez que os grevistas fecharam o prédio central assumiram este gesto em nome da Escola”, afirma.

O Sintusp reivindica extensão do aumento de 6% concedido aos professores no início deste ano, 16% de reajuste e R$ 200 fixos no salário por perdas salariais. O Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) afirmou que só haverá negociação sobre as propostas em reunião marcada para o dia 11 de maio.

Leia a nota:

Carta Aberta

Em face do fechamento do prédio central da ECA – Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – pelo Sindicato dos Trabalhadores da USP – SINTUSP-, conforme divulgado na imprensa em 6 de maio, a Direção e Chefias de Departamentos da Escola que a integram vêm a público manifestar:

1. repúdio ao cerceamento do legítimo direito de ir e vir e o consequente comprometimento de atividades inadiáveis desenvolvidas por esta Universidade pública;

2. repúdio ao fechamento do prédio central e ao gesto unilateral que desconsiderou agenda de negociações salariais previamente estabelecida;

3. repúdio ao anúncio público de que a ECA está em greve, uma vez que os grevistas que fecharam o prédio central assumiram este gesto em nome da Escola.

Ressaltamos, por fim, que a ECA vem fazendo todos os esforços necessários para a manutenção das condições de funcionamento da Escola, na busca permanente de um  ensino de qualidade.

Direção e Chefias de Departamentos da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo

São Paulo, 6 de maio de 2010

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