Cooperação internacional

Vinte e uma pessoas foram presas por pedofilia

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27 de julho de 2010, 20h15

Marcello Casal Jr/ABr
O chefe do Grupo Especial de Combate aos Crimes de Ódio e à Pornografia Infantil na Internet (Gecop), os delegados Stênio Santos Souza e Marcelo Bórsio, falam sobre a Operação Tapete Persa, que bateu hoje (27) o recorde de prisões em flagrante - Marcello Casal Jr/ABr

Durante esta terça-feira (27/7), a Polícia Federal prendeu 21 pessoas por posse de material com pornografia infantil. Cumpriu a metade dos 81 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça, em 54 cidades e estados, de acordo com informações da Agência Brasil.

O chefe do grupo Especial de Combate aos Crimes de Ódio e à Pornografia Infantil na Internet, delegado Stênio Santos Souza (na foto à esquerda), informou que diversas imagens de abusos contra crianças foram compiladas em vídeo. Além disso, os policiais encontraram armas e drogas nas casas de alguns acusados. Souza classificou as imagens como “degradantes” e ressaltou a facilmente com que são propagadas pela internet. Segundo o delegado Marcelo Bórsio (na foto à direita), que também faz parte do grupo especial, cerca de 30% das pessoas presas com material pornográfico também praticavam abusos contra crianças.

Alagoas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal já foram alvo da Operação Tapete Persa. Cooperaram nas buscas e apreensões a Interpol e a Polícia Criminal de Baden-Württenberg, na Alemanha. Foram os alemães que desencadearam as investigações dos crimes de pornografia por pedófilos no Brasil.

Em junho de 2009, pessoas de diversos países foram identificados compartilhando material pornográfico. No final de 2008, a PF foi informada sobre a existência dos crimes pela polícia internacional. No primeiro semestre do ano seguinte começaram as investigações dos locais usados pelos suspeitos.

Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Código Penal, se comprovadas as acusações, os investigados poderão receber pena de reclusão de 15 anos. Quatro idosos e um coronel da Polícia Federal estão entre os presos. Mais três pessoas, que não estavam no local do crime no momento em que a polícia fez a abordagem, foram indiciadas.

[Foto: Marcello Casal Jr/ABr]

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