Livro aberto

Os livros da vida da procuradora Luiza Nagib Eluf

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13 de janeiro de 2010, 5h07

Luiza Nagib Eluf - SpaccaSpacca" data-GUID="luiza_nagib_eluf.png"> A procuradora de Justiça de São Paulo Luiza Nagib Eluf, desde que foi apresentada ao universo dos livros, não parou mais de ler e, menos ainda, de escrever. Já tem seis obras publicadas. Nas suas bibliotecas, uma em casa e outra no gabinete, ela reúne de José Frederico Marques a Machado de Assis. São tantos livros que é possível tropeçar em alguns deles.

Aos 13 anos, Luiza começou a escrever o seu primeiro livro. A história nunca foi publicada, mas a procuradora cuida de revisitá-lo quando possível. “Sempre que posso, dou uma lida nele. É um momento único, pois desde bem jovem eu já refletia muito sobre a vida”, diz Luiza.

A procuradora conta que sua infância foi marcada pelas obras de Monteiro Lobato. Livros de literatura russa infantil também estavam na prateleira de sua casa. “Quando se é pequeno, sempre lemos o que está às mãos. Eu adorava as palavras Ucrânia e Letônia que apareciam nesses livros. A minha imaginação não tinha fim. Tinha até uma história de um menino que viajou o mundo nas costas de um ganso. Um encanto!”, lembra.

Luiza formou-se em direito pela Universidade de São Paulo (USP) em 1979 e é, desde 1983, integrante do Ministério Público de São Paulo. No final dos anos 80, especializou-se na área criminal. Começou, então, a estudar crimes passionais. A pesquisa deu origem ao livro A Paixão no Banco dos Réus, publicado pela Editora Saraiva em 2002 e já com 30 mil exemplares vendidos. Dona de currículo riquíssimo, a procuradora já foi Secretária Nacional dos Direitos da Cidadania do Ministério da Justiça e subprefeita da Lapa, na capital paulista.

Atualmente, a procuradora está terminando de escrever um livro de contos. Nas horas de lazer, se dedica à leitura do livro Chiquinha Gonzaga. “O que falta para o Brasil é gostar do que se tem aqui. Um país que não se identifica com sua literatura é um pais sem identidade", diz. Ela destaca que valoriza muito os autores nacionais.


Primeiro livro
A coleção de Monteiro Lobato marcou a infância de Luiza. “Aprendemos demais lendo.” São várias obras, segundo ela, capazes de mudar vidas. Ela própria não consegue apontar a que mais gostou. 


Literatura e romances

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Dom Casmurro, Machado de Assis - ReproduçãoFoi na adolescência que a procuradora foi apresentada a Machado de Assis. Até hoje ele é o seu autor preferido. “Cada dia o acho mais espetacular.” Ela cita Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas como dois dos melhores livros de Machado. Luiza gosta muito de ler obras de Érico Veríssimo. A literatura estrangeira também faz parte do seu acervo, mas diz que é fã, acima de tudo, de escritores brasileiros. Na literatura inglesa, ela cita Os Pilares da Terra, de Ken Follett.


Interesse jurídico
A procuradora gosta de penalistas como José Frederico Marques, Damásio de Jesus, Heleno Fragoso e Celso Delmanto.


Li e recomendo

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Chiquinha Gonzaga - ReproduçãoA vida Chiquinha Gonzaga é atualmente o livro de cabeceira de Luiza. Ela conta que se interessa muito pela vida das mulheres. Por isso, recomenda a todas que leiam o livro. Outra obra citada por ela é O Amor nos Tempos do Cólera, de Gabriel García Márquez. Para ela, cada frase do livro é um primor. Já o leu três vezes e, quando começa a esquecer de cada passagem, não hesita em lê-o novamente. “O que o livro tem de mais sensacional são as considerações sobre a vida, sobre o amor e sobre a esperança.”

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