Nenhuma crítica vai frear a PF, diz Barreto
11 de fevereiro de 2010, 11h21
“Se em algum momento a Polícia Federal cometer abusos, vamos responsabilizar as pessoas que cometeram esse abuso. Mas nenhuma crítica vai frear a ação da PF, que vai continuar como uma polícia forte, republicana, que defende o Brasil e os brasileiros", afirmou Barreto, após a cerimônia de transmissão do cargo ocupado anteriormente por Tarso Genro (PT) — ele deixou a pasta para se lançar candidato a governador do Rio Grande do Sul.
No lançamento do Observatório das Inseguranças Jurídicas no Campo, Gilmar Mendes havia dito que o Judiciário estava amedrontado. “Quando o magistrado resistia a esse tipo de ameaça [da PF], era atacado. Às vezes, a Polícia Federal prendia até 100 pessoas numa dessas operações espetaculares e muitas nem sequer responderiam a um processo à frente."
Barreto declarou que considera todas as acusações são investigadas de maneira justa. "Temos um Ministério Público atuante, as instituições funcionando no Brasil. A polícia faz seu trabalho, o Ministério Público faz seu trabalho, enfim, há um total funcionamento dessas instituições, o que permite ao Brasil ter uma certeza de que tudo será julgado de maneira justa. Eu acho que esse é o ponto", disse.
Em relação à segurança pública brasileira, Barreto defendeu ainda um tripé que envolva o Poder Judiciário, a polícia e o sistema prisional. “O Brasil desenvolveu muito o sistema de polícia, seus sistemas judiciais, mas o sistema penitenciário não seguiu esse investimento", avaliou. "Hoje, nós temos um sistema de Justiça que funciona bem, um sistema de polícia cada vez mais preparado e um sistema penitenciário em destroços. Nós precisamos reerguer esse sistema."
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