Defesa institucional

Nenhuma crítica vai frear a PF, diz Barreto

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11 de fevereiro de 2010, 11h21

Elza Fiúza/Agência Brasil
Brasília - O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Hélio Derenne, e o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, no lançamento da Operação Carnaval 2010 - Elza Fiúza/Agência BrasilO novo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, assumiu o cargo rebatendo afirmações do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, sobre a corte ter barrado o “quadro de terror” no país, quando “a polícia dizia o que o juiz e o promotor deviam fazer". Barreto afirmou que eventuais críticas à atuação da Polícia Federal não vão impedir e nem frear o trabalho do órgão. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

“Se em algum momento a Polícia Federal cometer abusos, vamos responsabilizar as pessoas que cometeram esse abuso. Mas nenhuma crítica vai frear a ação da PF, que vai continuar como uma polícia forte, republicana, que defende o Brasil e os brasileiros", afirmou Barreto, após a cerimônia de transmissão do cargo ocupado anteriormente por Tarso Genro (PT) — ele deixou a pasta para se lançar candidato a governador do Rio Grande do Sul.

No lançamento do Observatório das Inseguranças Jurídicas no Campo, Gilmar Mendes havia dito que o Judiciário estava amedrontado. “Quando o magistrado resistia a esse tipo de ameaça [da PF], era atacado. Às vezes, a Polícia Federal prendia até 100 pessoas numa dessas operações espetaculares e muitas nem sequer responderiam a um processo à frente."

Barreto declarou que considera todas as acusações são investigadas de maneira justa. "Temos um Ministério Público atuante, as instituições funcionando no Brasil. A polícia faz seu trabalho, o Ministério Público faz seu trabalho, enfim, há um total funcionamento dessas instituições, o que permite ao Brasil ter uma certeza de que tudo será julgado de maneira justa. Eu acho que esse é o ponto", disse.

Em relação à segurança pública brasileira, Barreto defendeu ainda um tripé que envolva o Poder Judiciário, a polícia e o sistema prisional. “O Brasil desenvolveu muito o sistema de polícia, seus sistemas judiciais, mas o sistema penitenciário não seguiu esse investimento", avaliou. "Hoje, nós temos um sistema de Justiça que funciona bem, um sistema de polícia cada vez mais preparado e um sistema penitenciário em destroços. Nós precisamos reerguer esse sistema."

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