Meta: Transparência

TJ-SP abre suas portas para a imprensa

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9 de fevereiro de 2010, 17h39

ConJur
Carlos Teixeira Leite e Décio Notarangeli - ConJur

Em visita à redação da revista Consultor Jurídico, os representantes do setor de comunicação do Tribunal de Justiça de São Paulo, os desembargadores Décio de Moura Notarangeli e Carlos Teixeira Leite Filho (na foto ao lado), afirmaram que a melhora na comunicação com a imprensa é uma das prioridades da nova gestão. Vindos de um encontro na rádio Jovem Pan, eles têm entre os objetivos garantir que dados estatísticos e informações relevantes cheguem às mãos da imprensa. O desafio é grande. O TJ de São Paulo é considerado o maior e mais complexo do país, com 19 milhões de processos em tramitação. E até a agestão anterior, um dos mais fechados para a sociedade.

O novo comportamento do tribunal veio com a posse de desembargador Viana Santos, que substituiu Antonio Vallim Bellochi, conhecido por um comportamento totalmente avesso à imprensa. A mudança foi percebida de cara. Já na posse de Viana Santos, na última sexta-feira, era possível observar a grande atividade da equipe de assessoria do tribunal e seu esforço para prestar informações adequadas para a imprensa sobre o evento. 

O sinal mais positivo das boas intenções da nova administração do TJ-SP em relação à transparência foi a prioridade dada para formação da nova Comissão de Imprensa do tribunal. Das 12 comissões permanentes da corte, a única que já está formada e em operação é a de Imprensa. A equipe, da qual participa também o desembargador Marco Antônio Marques da Silva, não tera vida fácil.

Além de reunir e analisar dados gerados por um tribunal de enormes dimensões, a comissão deve promover a adoção de novas praticas de comunicação interna pelos próprios companheiros. A partir da semana que vem, todos os desembargadores do tribunal receberão comunicado instruindo-os sobre a necessidade de fornecerem informações à sociedade e demonstrando como as informações geradas pelo tribunal podem se transformar em boas notícias para a imprensa.

Para garantir um bom começo a todo este trabalho, Teixeira Leite e Notarangeli reservaram as terças-feiras para visitar as principais redações de São Paulo. A dupla, que passou nessa terça pela rádio Jovem Pan e pela ConJur, tem na agenda visitas às redações da revista Época, do grupo Bandeirantes e da Rede Globo. Pretende também visitar as revistas IstoÉ, Veja e os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo.

Não é só a área de imprensa que está entre as prioridades do Tribunal de Justiça de São Paulo. Na semana passada, a Consultor Jurídico conversou com o juiz assessor da presidência, João Pazzini. Ele, que está a cargo dos assuntos de informática, afirmou que só aguarda a chancela do orçamento para saber até onde o TJ pode chegar em seu processo de informatização. “A tecnologia é prioridade do tribunal, mas ao longo do caminho surgiram essas dificuldades técnicas e outras demandas do CNJ. Em alguns dias, deveremos saber qual será o orçamento e cronograma destinado à tecnologia", afirma o juiz. Em 2009, o tribunal divulgou que o prazo para acabar definitivamente com o papel no estado é de três anos.

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